
O presidente Lula comunicou a aliados a possibilidade de mudança no comando da Saúde: a ministra Nísia Trindade deve ser substituída na reforma ministerial. A gestão tem sido alvo de queixas do Congresso, do Palácio do Planalto e do próprio Lula — que cobra a falta de uma marca forte da área. As informações são da Folha de S. Paulo.
Segundo a publicação, o nome mais forte para substituí-la é do ministro Alexandre Padilha, que atualmente comanda a Secretaria de Relações Institucionais e que foi titular da Saúde no governo de Dilma Rousseff.
Aliados do presidente relatam a insatisfação do chefe do Executivo com o desempenho de Nísia. No ano passado, a gestão da ministra foi marcada por críticas e pressão do centrão relacionada ao orçamento da pasta. De acordo com a avaliação do Palácio do Planalto, em um momento de queda de popularidade do presidente, o Ministério da Saúde tem um grande potencial de apresentar políticas públicas de maior visibilidade.
Durante conversa para discutir nomes para substituir Nísia, Lula apresentou preferência pelo também ex-ministro da Saúde Arthur Chioro. No entanto, segundo relatos, o presidente deve optar por Padilha por questões políticas e pela relação do ministro com os integrantes da pasta.
Quem é Nísia Trindade
A ministra foi presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Ela assumiu o Ministério da Saúde no início do terceiro governo Lula, em 2023.
Nísia é socióloga, gestora pública e professora de História das Ciências e da Saúde na Casa de Oswaldo Cruz, na Fiocruz, e de Sociologia, no Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
