O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), indicou o adiamento da análise, na 2ª Turma, do recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que pede a suspeição do ex-juiz Sergio Moro. O processo trata do triplex do Guarujá.
Fachin também apresentou questão de ordem para que o presidente do STF, Luiz Fux, decida sobre a necessidade de se julgar de forma colegiada esse questionamento sobre Moro. O ministro quer que o tribunal discuta se, ao declarar as ações sobre Moro prejudicadas, a Segunda Turma pode ou não ainda julgá-las.
Nesta terça-feira (9), o ministro Gilmar Mendes colocou o processo para julgamento. Ele havia pedido vista em dezembro de 2018 (mais tempo para análise). Na época, Moro já havia recebido dois votos a seu favor — a turma tem cinco integrantes. Faltam votar, além de Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Nunes Marques.
Ao alegar a suspeição de Moro para julgar os processos do ex-presidente na Lava-Jato, os advogados querem que a Justiça reconheça que o ex-juiz não foi imparcial nos processos e que, por isso, as condenações contra Lula deveriam ser anuladas.
Na segunda-feira (8), Fachin anulou as condenações de Lula e declarou como prejudicado os processos que discutiam a suspeição de Moro. Mesmo assim, o caso foi pautado por Gilmar Mendes nesta terça.