A Polícia Federal atribuiu ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, e caixa 3 no âmbito de investigações que envolvem a delação da Odebrecht.
A suposta ligação de Maia com os crimes é apontada em um relatório do órgão, que indica que ele teria recebido R$ 350 mil nas eleições de 2010 e 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Na planilha de propinas da Odebrecht, Maia seria o "Botafogo".
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin deu 15 dias para que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, decida se irá oferecer denúncia sobre o caso. Ela também pode pedir novas investigações.
Segundo a PF, Maia e o pai, Cesar Maia, ex-prefeito do Rio de Janeiro, cometeram crime eleitoral "na modalidade 'caixa 3'", ao apresentar apenas informações estritamente formais sobre doações feitas por empresas, quando o real doador seria o Grupo Odebrecht.
Contraponto
Conforme o Estadão, a reportagem fez contato com a assessoria de Maia, que ainda não havia se manifestado até a publicação da matéria.