Depois de sucessivas retiradas de quórum na Assembleia Legislativa, o governo tenta pela terceira semana seguida votar os projetos do reajuste do salário mínimo regional e o que autoriza a indicação do presidente e da diretoria do Banrisul.
Na última semana, ajudada pela maior bancada da base do governo Leite, o MDB, a oposição conseguiu esvaziar o plenário para não votar o projeto do Banrisul. A alegação era de que havia dúvidas em relação ao aumento de salário dos diretores e do presidente do banco.
Na segunda-feira (27), o governador Eduardo Leite informou que os salários serão realmente reajustados, porém, pediu para que o aumento fosse menor ao do que o previsto inicialmente. Usando como parâmetro os valores pagos por sete bancos públicos e privados, o comitê de remuneração do Banrisul sugeriu que o salário do presidente passasse dos R$ 51 mil atuais para R$ 128 mil mensais. Com a ordem de Leite, ficará em R$ 89 mil. Os diretores, que hoje ganham R$ 40 mil, teriam originalmente os vencimentos reajustados para R$ 104 mil, mas eles ficarão em R$ 72 mil.
O posicionamento do governador acalmou pelo menos a base aliada, principalmente o MDB. A tendência é de que a bancada permaneça em plenário sem retirar quórum como vez nas semanas passadas.
Depois do projeto do Banrisul, o governo tentará colocar em votação o projeto que reajusta em 3,4% o salário mínimo regional.