Horas depois de as determinações sobre a paralisação do programa de aquisição de terras para reforma agrária no país terem sido divulgadas, o presidente substituto do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Francisco Nascimento, revogou a decisão. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Na noite de terça-feira (8), Nascimento justificou que os memorandos haviam sido elaborados e encaminhados "por inciativa própria das duas diretorias e sem anuência da presidência do Incra". Ainda de acordo com o presidente, houve "interpretação equivocada de parte das orientações neles contidos".
De acordo com o Incra, a decisão levaria à paralisação dos processos, em um total de 250, "nas diversas modalidades de obtenção" de terras para o programa de reforma agrária. A medida também atingia 1,7 mil professos relativos a reconhecimentos e demarcações de terras quilombolas.
À Folha, o Incra se limitou a informar na terça-feira que foram "sobrestados (paralisados) os processos de desapropriação, aquisição, adjudicação e outras formas".