
Há mais de 40 anos, Lula e seu partido, o Partido dos Trabalhadores, sabem pelo menos uma coisa: temos de denunciar o tempo todo que o trabalhador é usado para sustentar o “patrão”, mas na vida real ele serve para sustentar a gente. Entre na profissão de sindicalista protetor dos proletários o mais cedo que puder. Com um pouco de esforço você vai ficar rico. Num caso extremo, como o de Lula, o sujeito não só fica milionário — vira presidente da República três vezes.
A coordenada central desse truque é simples. O empregador recebe o trabalho dos empregados e, em troca, entrega dinheiro para eles através do pagamento de salário. A gente, em vez disso, tira o dinheiro do trabalhador e não entrega nada em troca. Pegamos essa grana inventando descontos, de preferência pagos antes de o idiota receber a sua remuneração, e dizendo a ele que isso é para o seu “próprio bem”.
Acaba de ser revelado ao público que estão metendo a mão de novo — e com tanta ganância, e em tais somas, que nem o governo Lula foi capaz de esconder a roubalheira. Tiveram de abrir inquérito, fazer “operação” da PF; tiveram, até, de demitir o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. É lá, desta vez, que se usinava a ladroagem: descontos indevidos nas aposentadorias dos trabalhadores para entidades amigas do governo.
Ao longo de nove anos, desde 2016, o esquema roubou nada menos do que R$ 8 bilhões — metade só nestes dois anos de governo Lula. O odor da corrupção, mais uma vez, está em torno de Carlos Lupi, ministro da Previdência Social e sócio-proprietário do PDT — um a espécie de sub-PT que frequenta com assiduidade o noticiário policial e é intransigente no apoio a Lula. Não poderia, é claro, se dispensar a presença do centrão. E veio à tona a roubalheira sistêmica por parte dos peixes graúdos que ocupam diretorias na Previdência Social.
Para surpresa de ninguém, um dos principais beneficiários do roubo é a sagrada Contag, a confederação dos “trabalhadores rurais” que prospera desde sempre como parasita de Lula, do PT e da “reforma agrária”. Outro é um sindicato dos aposentados, no qual se destaca a presença de ninguém menos do que um irmão do presidente da República. É, em resumo, um retrato deprimente dos níveis de indecência aos quais baixou o governo Lula.
Nunca se roubou tanto na história deste país como nos 16 anos de governos Lula-Dilma que o Brasil sofreu de 2003 para cá. E a beleza da coisa toda está na impunidade — não só é permitido roubar, mas o consórcio Lula-STF garante que ninguém vai ser punido por absolutamente nada. Como dizem os corruptos deste país, “não temerei nenhum mal, porque o ministro Toffoli (para não falar dos outros) é meu pastor; nada me faltará”.