Correção: entre 8 e 21 e junho, esta matéria identificava o "Edgar" citado nas gravações de Joesley Batista e de Rodrigo Rocha Loures como Edgar Santos Neto. O texto foi corrigido.
No relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o inquérito que investiga o presidente Michel Temer, a Polícia Federal (PF) disse que identificou o "Edgar" indicado pelo ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para receber propina da JBS.
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O emissário seria o empresário Edgar Rafael Safdie, que atua no setor imobiliário e financeiro.A informação foi publicada pelo Estado de S. Paulo e também pelo portal G1. De acordo com os investigadores, Edgar foi identificado após a análise dos registros de ligações telefônicas de um celular apreendido com Loures.
O nome de Edgar apareceu em uma conversa entre Loures e o diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud. No diálogo, gravado por Saud, o ex-deputado sugeriu que os repasses de valores fossem realizados por meio de Edgar. Ao Supremo, a PF afirmou que ouviu o empresário. Ele afirmou que mantém relação "de longa data" com Loures, mas negou qualquer participação no esquema.
A identidade do referido " Edgar" estava entre as 82 perguntas que a PF encaminhou a Temer. O presidente não respondeu às questões.
No início do mês, o site Antagonista havia feito uma publicação, que serviu de base para uma notícia distribuída pelo Estadão Conteúdo, identificando o Edgar como sendo outra pessoa. Nessa matéria, o empresário citado por Loures seria Edgar Santos Neto, mencionado na delação do ex-diretor da Odebrecht José de Carvalho Filho como o operador do PMDB que recebeu propina destinada ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.