Seis pessoas foram indiciadas por suspeita de terem desviado R$ 7 milhões em Bom Progresso, no noroeste do Estado. Segundo a Polícia Civil, eles haviam sido detidos na Operação Babilônia, realizada há cerca de duas semanas no município.
Dos 14 presos em 18 de setembro, ainda estão detidos Jarbas David Heinle, que respondia pela Secretaria Municipal da Saúde e é apontado pela polícia como mentor do esquema, o assessor da Secretaria da Saúde, Thiago Baraldi, o então secretário municipal de Assistência Social, Tiago Luciano Kriesel, que havia se licenciado do cargo para concorrer a vereador, e o seu substituto na pasta, Maicon Leandro Vieira Leite.
Dos demais indiciados, o vice-prefeito Amauri Campos de Araújo foi solto, mas está afastado do cargo. Já o secretário municipal de Finanças na época, Newton Jair Rubenich Heinle, também teve que deixar a função.
A Operação Babilônia foi coordenada pela Delegacia Fazendária do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), que também investiga empresários de outros municípios. O órgão, que tinha dez dias para concluir o inquérito, emitiu ao Poder Judiciário no fim da tarde de quinta-feira um relatório parcial das investigações. Entre as fraudes, estariam compras superfaturadas de pneus, remédios e compra de material de construção.
Conforme o delegado da Polícia Civil Daniel Mendelski, o inquérito ainda não foi concluído - apenas um relatório preliminar foi encaminhado - e outros suspeitos podem ser indiciados. Segundo ele, o Judiciário deverá encaminhar o relatório ao Ministério Público, que poderá oferecer a denúncia e até pedir diligências complementares.
- Graças à colaboração das testemunhas foi possível comprovar muitos fatos e ampliar a investigação. Outros indiciamentos e novas prisões poderão ocorrer - revela Mandelski.
Contraponto
O advogado Ernesto Rodrigues Sobrinho, que representa Jarbas David Heinle, Newton Jair Rubenich Heinle, Tiago Luciano Kriesel, Thiago Baraldi e Maicon Leandro Vieira Leite, disse que ainda não tinha conhecimento da conclusão do inquérito.
Procurado por ZH, o vice-prefeito de Bom Progresso, Amauri Campos de Araújo, não foi localizado para comentar o assunto.
Operação Babilônia
Polícia indicia seis suspeitos de desviar R$ 7 milhões em Bom Progresso
Eles teriam cometido crimes como fraude a licitações, lavagem de dinheiro e uso de documento falso
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