Durou menos de um mês a atuação do PR como oposição no Senado. A bancada da sigla na Casa voltou para a base do governo nesta terça-feira.
A operação de retorno foi articulada pelo líder do PTB no Senado, Gim Argello (DF), que anunciou no início da tarde a formação de um bloco parlamentar com o PR.
PR e PTB têm juntos 12 senadores, seis de cada partido. Mas o bloco, que já é a terceira força política na Casa, atrás apenas do PMDB e do PT, ainda pode crescer.
Estão sendo convidados a participar do novo bloco os dois senadores do PSD, Kátia Abreu (TO), Sérgio Petecão (AC); e o único senador do PSC, Eduardo Amorim (SE), que está atualmente em licença de saúde.
Gim Argello, que já é vice-líder do governo no Senado, será também o líder do bloco que terá na vice-liderança o atual comandante do PR, senador Blairo Maggi (MT). Blairo rompeu com o governo, em 14 de março, inconformado com os maus tratos ao partido.
Segundo ele, foi a única legenda da base que teve problemas no ministério e não pode indicar o substituto do ministro demitido pela presidente Dilma Rousseff. Para protestar contra a "discriminação", o PR saiu da base.
Agora, no entanto, diz que volta porque o PTB é aliado do governo e não teria como formar o bloco sendo oposição. Ou seja, a oposição do partido ao governo durou menos de um mês.
Gim e Blairo estiveram no final da manhã desta terça com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e comunicaram à presidente Dilma a formação do bloco e o retorno do PR à tropa governista.
- Foi uma conversa muito rápida, mas a presidente ficou feliz de me ver novamente lá no Planalto e propôs uma nova conversa com o partido - disse Blairo.
Rebelião de quase um mês
PR forma bloco com PTB no Senado e volta a fazer parte da base do governo Dilma
Operação de retorno foi articulada pelo líder do PTB no Senado, Gim Argello
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