
Poderia ficar apenas na seara esportiva, mas dado o nível da polarização no país, a suposta adoção de uma camisa vermelha como segundo uniforme da seleção brasileira foi um principais debates políticos da terça-feira (29). A ponto do deputado federal caxiense Maurício Marcon (Podemos) apresentar um projeto de lei na Câmara dos Deputados para proibir governo e empresas públicas de patrocinar equipes que não adotarem as cores da bandeira. O texto ainda não começou a tramitar.
Na justificativa, o parlamentar cita a reação negativa da sociedade e argumenta que existem "questões subjacentes que aparentemente permeiam a adoção da coloração vermelha neste caso específico, questões estas que extrapolam a seara desportiva". Ou seja, a camisa em questão poderia servir de "uniforme", em ano de Copa do Mundo e de eleições, para a esquerda mobilizar apoiadores. Assim como a camisa canarinho tem sido utilizada pela direita.
A CBF correu para desmentir a notícia do site Footy Headlines, mas a polêmica já está na mesa. Pelo sim, pelo não, o ideal seria seguir outro argumento do projeto de lei. O de que o "esporte deve se bastar em si mesmo, sem influências potencialmente nefastas". No caso, influências políticas. De qualquer direção.