
Mais do que questões técnicas, o principal obstáculo para finalmente concluir a duplicação de 900 metros da BR-116, em Caxias do Sul, é financeiro. Com projeto pronto e doado pelo município, o tema não avançou nos últimos anos devido a uma queda de braço entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Sulgás, que administra um gasoduto que margeia a rodovia.
O órgão rodoviário afirmava que a empresa precisava deslocar a tubulação para a obra ser realizada, mas a Sulgás argumentava que é possível manter onde está e operar as máquinas. Não havia, entretanto, uma explicação para a discordância.
O assunto foi tema de encontro entre o prefeito Adiló Didomenico e o ministro dos Transportes, Renan Filho, nesta terça-feira (11). A informação obtida pelo município é de que realizar a duplicação sem desviar o gasoduto tornaria o trabalho mais lento e com custo três vezes maior que o previsto. Esse cenário poderia gerar questionamentos de órgãos de controle ao Dnit, devido ao gasto excessivo.
Diante disso, a prefeitura iniciará novas tratativas com Sulgás e Dnit. As reuniões devem ocorrer entre esta semana e a próxima.
— O ministro disse que, deslocando a rede de gás, o Dnit licita e faz a obra — revela o secretário do Planejamento, Marcus Vinicius Caberlon, que também participou da reunião em Brasília.