
A estação férrea de Caxias do Sul vai ganhar um novo monumento em função das comemorações dos 150 anos da imigração italiana na Serra. É uma boa notícia, porque será um marco para a data e tende a qualificar um novo espaço de lazer que a cidade terá. Mas em um ano tão importante para os descendentes dos colonizadores da região, o Monumento à Itália, na Praça João Pessoa, sofre com o vandalismo e o descaso.
A "bota", que teve que passar por restauro após ser quebrada em um acidente de trânsito em 2017, agora está sem as duas placas de bronze. Uma delas destacava a visita do presidente da Itália, Giovanni Gronchi, em 13 de setembro de 1958, enquanto a outra lembrava de dois caxienses voluntários do Real Exército Italiano. É só mais um exemplo do abandono dos monumentos que lembram a história da cidade.
Câmara aprova moção contra restrição da cidadania
Por unanimidade, a Câmara aprovou, nesta quinta-feira (17) uma moção de contrariedade ao decreto Tajani, que restringe a concessão de cidadania a descendentes de italianos. A nova regra foi imposta pelo governo da Itália no fim de março.
A moção teve voto favorável inclusive do vereador Sandro Fantinel (PL), que no início de abril usou a tribuna para manifestar apoio ao decreto de restrição. Na ocasião, ele havia criticado o que classificou de comércio de títulos de cidadão e afirmou que havia muito interesse na obtenção do passaporte europeu para viajar aos Estados Unidos e outros países. Disse também que ainda é possível obter a cidadania trabalhando em território italiano.
Em manifestação nesta quinta, Fantinel reclamou da divulgação do que chamou de "cortes" da manifestação anterior, mas ao reforçar as críticas ao "comércio de cidadania", voltou a dizer que foi favorável ao decreto. Ele justificou o apoio à moção por ser favorável a obtenção do título, mas não da forma como era anteriormente.