
As discussões sobre a compra do Campus 8 da Universidade de Caxias do Sul (UCS), cotado para ser a sede da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) no município, ainda estão em andamento. Contudo, em entrevista ao Pioneiro, a reitora da instituição federal, Marcia Barbosa, revelou que a distância e o oferecimento do transporte público ao local são pontos que estão nas negociações. A reitora também confirmou a nova visita ao município no dia 26 de fevereiro para conversar com empresários locais.
Segundo a reitora, a questão do transporte até o Campus 8 é um dos pontos que estão na pauta sobre a possível compra do prédio, localizado no bairro Samuara.
— Já vou jogar um desafio: aquele campus só faz sentido com um transporte garantido. Quem vai garantir o transporte? São as cidades em volta, são as empresas? Alguém tem que garantir esse transporte. Esse senso de realidade eu tenho. Então a gente precisa ter a consciência que o campus é estrategicamente localizado, mas ele não é perto de todo mundo. Vamos ter que negociar, isso é parte do grande pacote — salienta a reitora.
Sobre o processo da escolha dos cursos que serão ofertados na unidade de Caxias do Sul, Marcia destacou que seguem no debate e, por esse motivo, também fará esse encontro com os empresários no dia 26.
— (No encontro com os empresários) Não vou só ouvir. Vou fazer provocações, trazendo muitas das preocupações que a gente ouviu dos jovens que conversamos. Vamos tentar conversar e perguntar para onde as empresas estão indo, porque a gente, para desenhar uma universidade, tem que pensar não no mercado de hoje, mas no mercado de amanhã — acrescenta Marcia.
Disse ainda que só apresentarão informações sobre a implantação da unidade em Caxias após a aprovação do Conselho Universitário da UFRGS.
— Só vamos avançar neste cronograma com o "ok" do Conselho Universitário, que só dará "ok" quando eu tiver um projeto e que fique muito claro que terá alunos, que terão as empresas, todas as cidades em volta abraçando a ideia. Nós não podemos nos tornar um elemento estranho na região. Temos que ser parte da região. E isso envolve muita conversa, que é o meu jeito de fazer as coisas — frisa a reitora Marcia.