
Ao permitir o retorno presencial das escolas de Educação Infantil particulares na próxima terça-feira (8), Caxias do Sul vai na contramão da orientação da Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). A administração municipal tem autonomia para decidir se acolhe ou não o calendário proposto pelo Governo do Estado. No entanto, o maior município da Serra, assim com outros da região, destoa da posição da maioria das prefeituras do RS que se posicionaram contrárias ao retorno das atividades nas escolas.
Leia mais
Sindicato projeta redução de um terço dos empregos na Educação Infantil em Caxias
"Pais precisam ter alternativa", diz governador sobre retorno de aulas presenciais
Cerca de 300 professores da rede municipal de Caxias estão em grupos de risco da covid-19 "Fazemos um apelo para que os pais sejam parceiros", diz titular da 4ª CRE, em Caxias, sobre volta às aulas presenciais
Escolas infantis da rede particular serão as primeiras a retomar as atividades em Caxias do Sul
Presidente da Amesne afirma que maioria das prefeituras tem plano pronto para retorno das aulas na Serra
Governo propõe retomada gradual das aulas presenciais a partir de 8 de setembro, começando pela Educação Infantil
Prefeituras de Bento Gonçalves e Canela autorizam retorno da Educação Infantil privada a partir de terça-feira
Volta presencial de outros níveis de ensino está indefinida em Caxias
A situação coloca municípios importantes da Serra, como Caxias e Bento, ao lado do Governo do Estado. É diferente do que aconteceu ao longo da pandemia acerca do retorno das atividades econômicas, principalmente o comércio, quando as prefeituras defendiam a reabertura enquanto o Piratini adotava medidas mais rígidas. Em entrevista ao Gaúcha Hoje da Gaúcha Serra nesta sexta-feira (4), o presidente da Famurs e prefeito de Taquari, Maneco Hassen, admitiu que as incertezas sobre os cenários fazem com que os gestores públicos tomem decisões equivocadas, mas pontuou que existem diferenças entre a abertura de lojas e de escolas:
— Não dá para comparar o retorno de atividade comercial e econômica com o retorno às aulas. Primeiro porque a atividade econômica é organizada, guiada por empresas e formada por pessoas adultas. Portanto, não envolve as crianças e, com isso, há uma “facilidade” de organizar o cumprimento das normas. Segundo, porque as atividades educacionais envolvem um risco de contaminação muito maior por toda a cadeia, especialmente na educação pública.
O presidente da Famurs afirmou ainda que a pandemia traz cenários de incerteza e admitiu o peso das eleições municipais no posicionamento dos prefeitos:
— O clima eleitoral nos municípios é evidente. Já começou e influencia no dia a dia das prefeituras.
Ouça a entrevista na íntegra:
Leia também
Previsão é de pancadas de chuva com períodos de sol na Serra
Vacaria terá condomínio de casas-lares para crianças e adolescentes acolhidos
Prefeitura de Canela registra a 19ª morte do município causada pelo coronavírus