
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou nesta terça-feira (29) a criação de uma comissão para investigar as circunstâncias do grande apagão de segunda-feira (28). Um tribunal também investigará as circunstâncias, buscando determinar se houve ciberataque.
— O governo espanhol investigará a fundo esta questão e implementará as reformas e medidas necessárias para garantir que isso não aconteça novamente — disse Sánchez em coletiva de imprensa após uma reunião de gabinete.
O líder insistiu em não descartar "nenhuma hipótese até que tenhamos os resultados dessas análises".
Momentos antes, a operadora da rede elétrica espanhola havia descartado a possibilidade de um ataque cibernético estar por trás do grande apagão.
O governo português também descartou essa possibilidade.
Sánchez, embora tenha dito que "respeita logicamente que os operadores privados emitam suas informações, transfiram e descartem certas hipóteses", afirmou que quer que o Executivo faça essa análise porque acredita que também "é importante que o façamos e a partir daí (...) tomemos medidas para que isso não aconteça novamente".
O tribunal também decidiu investigar o incidente para determinar "se o apagão na rede elétrica espanhola (...) poderia ter sido um ato de sabotagem cibernética contra infraestrutura crítica espanhola", informou o Tribunal Nacional, uma jurisdição em Madri que lida com casos complexos.
Se for assim, poderia ser um "crime de terrorismo", explicou o tribunal em um comunicado.
Sánchez, no entanto, afirmou que "não há provas conclusivas.
— Esta é uma das farsas que temos visto nas últimas horas (...) alegando que o evento de ontem foi causado por um ataque terrorista ou um experimento. A pressa não deve nos levar à desinformação ou ao erro. O sistema elétrico é extremamente complexo — acrescentou o primeiro-ministro.