A Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC), preocupada com a representatividade política da região na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados, deu início, segunda-feira, a reuniões com os presidentes de partidos que terão candidatos nas eleições deste ano.
Leia mais:
UAB coleta assinaturas para instituir o Planejamento Participativo Comunitário em Caxias
Para PTB de Caxias, situação de indicada para ministra do Trabalho não gera desconforto
O presidente do PMDB, vereador Paulo Périco, foi o primeiro a participar da conversa. A CIC propõe que seja repensado o número de candidatos. A entidade vai trabalhar para que sejam valorizados os nomes da Serra apresentados para a disputa. A intenção é evitar o desperdício de votos.
– Precisamos trabalhar a questão do número de candidatos, para que a Serra possa eleger o maior número possível de deputados. Temos uma população de quase um milhão de habitantes e precisamos ter na Assembleia e em Brasília um número compatível de representantes com o tamanho e a importância da nossa região, como já tivemos no passado – frisa o presidente Ivanir Gasparin.
Ele diz que a CIC vai propagar a filiados e sindicatos que repassem às empresas e associados.
– Se quiser votar em outro (de fora), tudo bem, mas que esse candidato volte-se à Serra. É nossa obrigação colocar o desconforto com a falta de representatividade – ressalta.
Ele destaca a necessidade de os empresários serem proativos e de que também tenham esta responsabilidade.
– Estamos preocupados. Precisamos voltar a ter poder político. Vamos abrir esta discussão – insiste.
As reuniões com os presidentes de partidos serão às segundas-feiras.
Em 2014, Caxias do Sul elegeu apenas um deputado federal (Pepe Vargas, do PT) e nenhum estadual. Hoje, além de Pepe, Mauro Pereira (PMDB), que é segundo suplente, ocupa uma cadeira na Câmara.
A questão é quais partidos vão querer ficar fora do cenário, uma vez que quem não disputa eleição é esquecido. Entra aí o evidente interesse de candidatos para fazerem nome e tentarem assegurar uma eleição futura a vereador. Além disso, o resultado da eleição à Assembleia e à Câmara – especialmente no caso de vitória – é um passaporte para concorrer à prefeitura.
