
Planejamento multidisciplinar para prevenir ações violentas no ambiente escolar. Essa é a tarefa do novo grupo de trabalho criado nesta quinta-feira (10) pela prefeitura de Caxias do Sul. O coletivo, formado por representantes da educação, segurança, saúde, assistência social e Comissão dos Diretores das Escolas Municipais, foi formado após uma reunião realizada na sede da prefeitura.
Participaram do encontro o chefe da Casa Civil, Roneide Dornelles, os secretários da Educação, Marta Fattori e Simone Selbach (secretária-adjunta), de Segurança Pública e Proteção Social, Paulo Roberto Rosa da Silva, e da Saúde, Geraldo da Rocha Freitas Junior, o presidente da Fundação de Assistência Social, Samuel de Avilla, e o superintendente de Governança, Samuel Adami.
Também estavam presentes representantes da Guarda Municipal e Guarda Escolar e de programas como a Cipave (Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e de Violência Escolar), Justiça Restaurativa e Saúde Mental.
As atividades do grupo de trabalho serão reguladas e orientadas por uma portaria que será elaborada pela Casa Civil. Contudo, os envolvidos determinaram a realização de encontros mensais para debater soluções que proporcionem mais segurança nas escolas caxienses.
A primeira reunião está agendada para o dia 24 de abril, às 13h30min, na Secretaria de Educação. Além dos representantes do grupo de trabalho, membros do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica), o Conselho Tutelar e o Ministério Público, deverão participar do encontro.
A criação do grupo de trabalho intersetorial é uma resposta da prefeitura à reivindicação da Comissão dos Diretores das escolas municipais. Na quarta da semana passada, um dia após uma professora ter sido esfaqueada por alunos na escola João de Zorzi, a comissão encaminhou à prefeitura uma carta com uma série de reivindicações - entre elas a formação desse grupo.
Para a presidente da Comissão dos Diretores das Escolas Municipais, Thaís Dedéa, o encontro demonstrou que a prefeitura ouviu e acolheu as demandas da comunidade escolar. Contudo, a comissão ainda aguarda um retorno oficial do documento enviado para a prefeitura.
— A gente entende que esse é um problema complexo e que demanda tempo para as coisas acontecerem. Não existem soluções mágicas. É justamente o envolvimento de diferentes setores que vai permitir encontrar a solução para esse problema, que é um problema social.