
Há quase dois anos, um trecho da BR-116 em Nova Petrópolis passa por obras. São trabalhos de recuperação dos danos causados por chuvas na metade de 2023. A última atualização do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) é de que o trecho entre os km 176 e 181 possa estar finalizado até o fim de abril. Porém, moradores da Região das Hortênsias têm uma nova preocupação em relação à rodovia.
Em dezembro, um ofício foi encaminhado por entidades locais ao Ministério dos Transportes para pedir atenção a rachaduras que começaram a aparecer no km 178 da rodovia federal. De acordo com a assessoria do Dnit, equipes técnicas estão analisando qual a melhor solução de engenharia para o trecho.
A comunicação da autarquia diz também que a expectativa da autarquia é de que no segundo semestre deste ano já deve estar pronto o projeto e então será aberto o processo licitatório.
A deterioração na rodovia foi notada, por exemplo, por integrantes da Associação Comercial e Industrial de Nova Petrópolis (Acinp). Ao utilizarem a via para ligação entre o município da Região das Hortênsias e Caxias, as rachaduras no asfalto chamaram atenção por ser em um trecho que já teve danos em 2016. Na época, uma contenção provisória precisou ser construída.

— É fundamental que a BR-116 esteja funcionando. Para nós é a vida, né? Você imagina, os nossos hospitais de referência estão em Caxias, as universidades grandes estão em Caxias, a área comercial em Caxias. Nós dependemos, não só a comunidade, mas indústria, comércio e serviços. Temos uma preocupação grande porque afeta absurdamente os nossos negócios — afirma Álvaro Silva, integrante da Acinp.
O trecho mencionado está dentro do perímetro que passa por obras de recuperação por conta das chuvas do ano passado. No momento, o asfalto está isolado com cones. Assim, os motoristas trafegam em meia pista por ali. Para passar entre os km 174 e 183 da BR-116 existe ainda o revezamento do fluxo em pare e siga.
Dois anos de obras
As restrições no trecho da rodovia federal tiveram início em 16 de junho de 2023, quando deslizamentos foram registrados no km 181. Dias depois, novas ocorrências aconteceram no km 178.
A queda de barreira causou instabilidade na encosta e também danificou a base de sustentação do leito da rodovia. Um mês depois desses deslizamentos o trânsito voltou a funcionar no sistema pare e siga e, desde então, funciona dessa forma.