
A polícia sul-coreana fez uma operação de busca nesta quarta-feira (16) no gabinete do ex-presidente Yoon Suk-yeol e no complexo residencial da presidência, como parte de uma investigação criminal sobre o chefe de Estado destituído em um processo de impeachment.
A polícia apreendeu servidores telefônicos criptografados e efetuou buscas entre a equipe de segurança de Yoon, assim como a casa de seu chefe de segurança, por "suposta obstrução na execução de uma ordem de prisão".
Yoon passou várias semanas entrincheirado em sua residência oficial, protegido pelo Serviço de Segurança Presidencial, que permaneceu leal a ele.
Os policiais também confiscaram imagens de circuito interno do gabinete presidencial como parte de outra investigação, contra o ex-ministro do Interior Lee Sang-min.
Yoon compareceu na última segunda-feira (14) ao tribunal para o primeiro dia de seu julgamento criminal por insurreição, acusação que ele negou. A próxima audiência está programada para 21 de abril.
Relembre o caso
Yoon declarou lei marcial em dezembro e enviou soldados armados ao Parlamento, mas foi obrigado a recuar após a reação do Congresso contra a medida. A ação provocou sua destituição e uma detenção de várias semanas, antes do início de uma investigação criminal.
Após uma prolongada disputa, na qual sua equipe de segurança o protegeu, Yoon se tornou em janeiro o primeiro governante sul-coreano a ser preso. Ele foi liberado posteriormente por motivos técnicos.
Impeachment validado
O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul validou no começo de abril o impeachment do presidente Yoon Suk-yeol.
— Pronunciamos o seguinte veredito, com o acordo unânime de todos os juízes: destituímos o réu, presidente Yoon Suk Yeol — declarou o juiz principal, Moon Hyung-bae.