
Doze das 17 famílias que tiveram as residências interditadas ou destruídas devido a deslizamentos de terra em Nova Petrópolis, na serra gaúcha, na enchente de maio de 2024, enfrentam dificuldades para conseguir uma nova moradia por conta de limitações nos programas de auxílio da Caixa Econômica Federal. Quase um ano após a tragédia, não há um prazo para definição do impasse.
Segundo a prefeitura de Nova Petrópolis, as 12 famílias estão cadastradas no Minha Casa Minha Vida Reconstrução. O programa do governo federal permite a compra de imóveis de até R$ 200 mil em áreas urbanas para famílias prejudicadas pela enchente.
Conforme a Defesa Civil municipal, as outras cinco famílias foram removidas do projeto por não se enquadrarem em requisitos da Caixa ou por optarem pela reforma da residência interditada.
Apesar do benefício, as famílias afirmam que não há terrenos ou imóveis disponíveis na região de Nova Petrópolis que cumpram com valor estabelecido pela Caixa. A prefeitura confirma o relato dos moradores e aponta que uma solução seria a procura por imóveis em outras cidades. A comunidade rejeitou a possibilidade de sair do município.
O que dizem o secretário da Reconstrução e o Município
O secretário da Reconstrução do governo federal, Maneco Hassen, afirma que é papel das prefeituras apontar ao governo federal se os beneficiários têm dificuldades para encontrar novas casas no município. Hassen diz que não recebeu nenhum chamado de Nova Petrópolis sobre o assunto.
O diretor da Defesa Civil do município, Lucas Gustavo Attmann, admite que não foi realizado um comunicado oficial ao governo federal até o momento. Ele orienta os beneficiários a aguardarem o encerramento do prazo de 60 dias após serem convocados pela Caixa.
Apenas após o fim deste período a prefeitura pode elaborar novos planos para contemplar as famílias atingidas dentro do município. A prefeitura fará uma reunião com a Caixa nesta quarta-feira (16) para entender o que poderá ser feito.
*Produção: Gabriel Dias