Milton Corlatti permanece na função de presidente da empresa Festa da Uva SA na segunda gestão do Governo Adiló. Nesta sexta-feira (24), participou do programa Gaúcha Hoje, da Rádio Gaúcha Serra, onde falou sobre prioridades e projetos para o Parque de Eventos. Confira a seguir:
Gaúcha Serra: Quais são as prioridades neste momento?
Milton Corlatti: Nossa equipe está trabalhando forte e fazendo mudanças estruturais no parque. Já dá para notar a diferença. Atualmente, há 47 eventos agendados no parque e, além deles que é onde gera o faturamento, estamos com a estrutura aberta todos os dias, das 7h às 19h, para receber caxienses e turistas.
Uma das grandes discussões em torno do Parque de Eventos da Festa da Uva nos últimos anos foi o projeto de concessão. O quanto é possível avançar com relação a isso e o que se imagina de uma concessão, em questão de investimentos e se de fato ainda deve ser levado adiante?
Já participamos de duas reuniões com o governo do Estado, com o Impulsiona RS. Está avançando a passos pequenos, mas acredito que, com o passar dos meses, deva avançar. O parque está pronto, pode receber qualquer tipo de investimento. Enquanto isso não acontece, estamos fazendo os investimentos necessários para manter muito bem ativo e fazer dele um dos melhores do Rio Grande do Sul e quem sabe do Brasil. Vamos ver como vão seguir as reuniões, como o governo municipal pretende fazer as concessões e depois levaremos adiante conforme nos for determinado.
Quais foram os principais investimentos recentes?
Remodelamos na forma de entrar, automatizamos as entradas de estacionamentos, estamos trocando toda a iluminação, tanto interna como externa, por LED, e recuperando tudo o que é possível. A Réplica está funcionando, totalmente alugada. Tem reformas no Museu da Festa da Uva e no Museu do Vinho. Estamos muito felizes com a quantidade de pessoas recebidas, principalmente aos finais de semana. Abrimos, junto com a Secretaria do Turismo, a Central de Informações Turísticas do Parque, que vai funcionar de terça a domingo. Tem uma museóloga trabalhando conosco, mais os estagiários para receber os turistas. Temos vários planos estratégicos para fazer muitas mudanças neste ano. Como é uma construção antiga, estamos realizando várias reformas de piso e telhado. Cada dia está sendo feito algo diferente para melhorar o visual, inclusive para que as pessoas sejam mais bem atendidas. Você já vai notar a diferença indo lá. Convido a comunidade caxiense, os nossos turistas. Vamos ter muitos eventos neste ano, a agenda está lotada.
Uma observação que recebemos, próximo ao Natal, é de que pessoas não encontraram, por exemplo, banheiros abertos. Como estruturar um pouco mais neste auxílio também aos visitantes, já que fica aberto todos os dias?
Estão abertos todos os dias. A gente sinalizou bem agora os banheiros, que estão na entrada do Centro de Eventos. Temos um também aberto no estacionamento, que funciona todos os dias, junto com o café. Dentro do parque estamos com 20 boxes de banheiros funcionando, feminino, masculino e para pessoas com algum tipo de deficiência, que abrem diariamente.
Falaste sobre a Réplica. No primeiro domingo do ano, tinha um movimento interessante mesmo com pouca gente na cidade. Os empreendimentos também têm que divulgar, mas a própria Festa pode de alguma forma ajudar a divulgar um pouco melhor?
Estamos tratando para divulgar melhor. Já está no nosso planejamento deste ano. Estamos no Instagram, talvez tenhamos que divulgar mais na imprensa, para podermos acolher mais pessoas. Nos surpreende o movimento no fim de semana passado, mais de 1,5 mil pessoas, os restaurantes funcionando, sorveteria, lojas de vinhos, de lembranças de Caxias do Sul. Agora temos um escritório de cidadania italiana que vai estar funcionando nos próximos dias e já tem uma oficina de bicicletas. Acredito que, com a nossa divulgação maior, vamos colher bons frutos no parque.
Que estratégias são pensadas para atrair mais eventos e tornar o parque ocupado e naturalmente atraindo mais pessoas ao longo do ano?
Estamos criando novas feiras. Agora vamos ter a Festa das Colheitas, que já é tradicional, em seguida a Feira Pet, que é a primeira feira pet que acontece em Caxias, e assim vai indo. Vamos ter shows, tem em fevereiro. Vários programados durante o ano e feiras também. O nosso problema é que entre montagem e desmontagem perde muitos dias, então não tem como colocar mais eventos do que 48. A Festa das Colheitas vai ficar três finais de semana, durante esse período praticamente o parque fica ocupado. Logo em seguida entra outra feira, demora uma semana para montagem, uma semana para desmontagem e mais o período da feira. A gente está trabalhando para diminuir esse tempo. Temos muita coisa acontecendo e estamos com ideias que logo vocês ficarão sabendo, para nos tornarmos o maior ponto turístico de Caxias e região. Vamos apresentar ao prefeito e ao vice as ideias, junto com o secretário de Turismo (Felipe Gremelmaier) e com a secretária da Cultura (Tatiane Frizzo). Virão muitas novidades e atrações turísticas maravilhosas.
A estrutura poderia utilizada para oferecer algo também aos corredores? Há alguma previsão de fazer uma festa da virada como já teve em outros anos nos Pavilhões?
Quanto aos corredores, vamos ter a primeira corrida no parque dia 30 de março, que está sendo organizado pelo Réplica Garden, dentro do parque, à noite. Quinta-feira, tivemos contato com o pessoal que organiza as corridas, que queriam até uma casa na Réplica. Veremos como vamos atender isso. Neste final de semana tem um encontro para arrecadação de ração para cães. Já sobre a festa da virada, estamos pensando, mas não somente isso. Vamos ter o Carnaval dos Golden, onde também vão arrecadar para as entidades. O próprio Carnaval. Talvez não dê para fazer outras coisas maiores, mas a gente está pensando em fazer Natal e Réveillon no parque. Nos primeiros oito meses começamos a colocar a casa em dia. Agora faremos efetivamente as grandes ações junto com as secretarias. Tivemos uma reunião com as secretarias da Cultura e do Turismo, para efetivarmos os museus. No Museu do Cristo vamos em breve fazer um chamamento para montarmos um café. O parque é grande, são 32 hectares que administramos. Está em fase final de um chamamento para termos um hotel, para cedermos essa área do lado, temos 2,8 hectares para um hotel que se interligaria ao parque.