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A Reserva Biológica Estadual Mata Paludosa, cortada pela Rota do Sol no município de Itati, no Litoral Norte, vai passar por um monitoramento de fauna. A intenção é identificar os hábitos dos animais que vivem na mata e criar estratégias para evitar mortes por atropelamento. As informações são da Gaúcha Serra.
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O estudo está previsto para começar na primavera e será dividido em duas etapas, cada uma com duração de seis meses. A pesquisa vai contar com armadilhas fotográficas e de capturas de animais para identificar as espécies que vivem na região e como elas se deslocam pelas margens da rodovia. O estudo também prevê que técnicos percorram o trecho da Rota do Sol a pé para contabilizar o fluxo de veículos e o número de animais mortos por atropelamento.
A partir do resultado desses levantamentos, serão estudas medidas para reduzir o impacto da rodovia no meio ambiente. Dependendo da alternativa adotada, seria possível, por exemplo, retirar as lombadas eletrônicas com limite de 40 km/h na região, que foram instaladas após decisão judicial. Uma das possibilidades apontadas, está a instalação de redes nas laterais da estrada para conduzir a fauna a três passagens subterrâneas que existem no trecho. As estruturas foram uma exigência do licenciamento ambiental da Rota do Sol.
A segunda etapa da pesquisa só deve começar após a implantação das medidas de preservação. Por enquanto, a licitação ainda está em fase de homologação e a previsão é que o estudo custe R$ 360.869,56.
A Reserva Mata Paludosa foi criada em 1998 e reúne espécies, principalmente de aves e anfíbios, que existem apenas naquela região. O estudo atende a uma determinação do Ibama e a um acordo com a Justiça para reduzir os danos ambientais da Rota do Sol. Outras adequações de engenharia também estão previstas na estrada para evitar acidentes, especialmente com cargas perigosas.