O recolhimento do material contaminado pelos produtos químicos vazados de uma indústria de metais finos pode terminar somente quinta-feira. A expectativa é do fiscal da Secretaria do Meio Ambiente do município, Luís Ricardo Espeiorin.
De acordo com o servidor, equipes de limpeza já retiraram uma camada de 45 centímetros de solo da região atingida pelo derramamento. O material foi encaminhado a um aterro industrial para o descarte correto. Nesta terça, a empresa responsável pelo recolhimento também terminou de recolher o restante dos produtos químicos da indústria.
- Restou o lodo no piso, que se formou com o vazamento - relatou o fiscal.
Para limpar o resíduo, os trabalhadores precisarão retirar o piso e, se houve contato, o solo. O lençol freático da região não chegou a ser contaminado, mas Espeiorin acredita que parte do líquido tenha caído no Arroio Burati dissolvido em grande quantidade de água.
- É impossível não ter ido porque todas as águas vão para lá - avalia.
A Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fepam) havia emitido o licenciamento ambiental da empresa e será responsável por eventuais medidas legais. Atualmente, no entanto, a indústria operava sem licença do órgão por não cumprir normas de segurança no armazenamento dos produtos químicos.
Uma resolução de julho de 2013 determinava que a empresa deixasse o endereço em seis meses, prazo vencido no mês passado. De acordo com o engenheiro químico da Fepam, Rudinei Antônio de Souza, a empresa será autuada e deve responder a processo na esfera criminal. O valor da multa ainda não foi calculado.
Derramamento de produtos químicos
Recolhimento de material contaminado em Bento Gonçalves pode terminar somente quinta-feira
Pelo menos 15 mil litros de líquido químico se espalharam pelo entorno da empresa após rompimento de tanque
GZH faz parte do The Trust Project
- Mais sobre: