Proibidas em território nacional pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009, as máquinas de bronzeamento artificial, chamadas informalmente de camas de bronze, são utilizadas sem nenhum tipo de restrição em Caxias. Basta circular pelos salões de beleza para constatar que a lei é ignorada. Alguns estabelecimentos, inclusive, identificam o serviço com placas informativas, demonstrando o descaso com a proibição e colocando em risco a saúde das clientes. Conforme a Anvisa, o método é responsável por aumentar em até 70% a incidência de câncer de pele em pessoas com menos de 35 anos.
Pelo menos sete salões de beleza consultados pelo Pioneiro confirmaram ter câmara de bronzeamento artificial. Eles estão espalhados, principalmente, na área central. Um deles, situado no Centro Comercial São Pelegrino, conta com três equipamentos. As sessões custam, em média, R$ 20 (individuais) ou R$ 13, quando integram pacotes, que dão direito a 12 sessões. Sem se identificar, a reportagem negociou o bronzeamento em dois salões.
- Começa com oito até chegar nos 15 minutos. Tu precisa fazer o pacote todos os dias, direto, sem falhar. Porque se não, não bronzeia - informou a atendente de um dos estabelecimentos.
A obrigação de fiscalizar o funcionamento das câmaras de bronzeamento é da Vigilância Sanitária de cada município. Em Caxias, o setor não costuma organizar força-tarefa para identificar o serviço. No entanto, quando encontram máquinas, agentes lacram o equipamento.
Saúde
Mesmo com proibição da Anvisa, bronzeamento artificial é oferecido em Caxias do Sul
Basta circular pelos salões de beleza para constatar que lei é ignorada
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