O ano de 2024 começa com uma perspectiva bem diferente para o torcedor do Juventude. O time voltou para a elite do futebol nacional, conseguiu segurar o técnico Thiago Carpini, tem vaga confirmada na Copa do Brasil e possui um base para o Campeonato Gaúcho. Diferente da turbulência enfrentada no início de 2023 após o rebaixamento, o alviverde ainda terá um orçamento na casa dos R$ 80 milhões após o acesso nacional.
O ano também começa com uma continuidade da direção. Fábio Pizzamiglio foi aclamado presidente e o grupo de trabalho no departamento de futebol também prossegue. Em entrevista à reportagem do Pioneiro, Pizzamiglio comentou sobre as expectativas do clube em 2024 nas disputas do Gauchão, Copa do Brasil e Série A do Brasileiro.
— O maior desafio é manter a régua alta, com um bom desempenho, continuar com o time nos dando alegrias. Já de cara temos o Gauchão e o primeiro desafio no estadual é ir para as finais e buscar o título — afirmou o mandatário.
Confira a entrevista com Fábio Pizzamiglio:
Qual o cenário que vê do Juventude no Gauchão ?
— Obviamente não vai ser fácil, a dupla Gre-Nal sempre vem forte, com mais investimento, mas o Juventude, pelo investimento que tem, precisa ter um resultado melhor dos que vem tendo nos últimos anos. Ano passado nós já esperávamos isso, não conseguimos, mas acho que esse ano a gente vi entrar bem, a gente manteve boa parte do time, manteve a comissão técnica, justamente para iniciar bem o ano.
O que esperar da sua gestão no Juventude para 2024?
— O ano de 2023 foi mais apagando fogo para a gente conseguir voltar para a série A. Agora esse ano a gente precisa voltar, recolher, organizar. Aumentou um pouco a diretoria em relação a isso, a gente nota que alguns aspectos ainda não estão do agrado. Então vai ser um ano todo para reorganizar ainda mais o clube e melhorar a administração, melhorar a parte de patrimônio para a nossa torcida e nossos atletas.
Cite algumas dessas melhorias, que tipo de melhorias seriam?
— Nosso maior investimento no ano vai ser no Centro de Formação de Atletas Cidadãos, já a partir da primeira quinzena de janeiro vamos iniciar uma grande obra lá. Devemos triplicar a área do profissional, que é a área onde o profissional está utilizando (no CT). No Jaconi, fizemos toda a melhoria da drenagem, vamos trabalhar um pouquinho nos camarotes, que tem uma área deficitária. Um pouquinho de área de estrutura, que também estávamos deficitários, onde a gente acabou não conseguindo melhorar em 2023 e à medida que passa o ano, pretendemos melhorar os acessos do clube, a parte de banheiros, a parte de cadeiras, tudo isso já está previsto, só dependemos da entrada de recursos.
Ninguém acreditava nesse time da série B e acabou com o acesso. Esse time da série A vai ser exatamente a mesma coisa, com atletas que queiram lutar pela nossa camisa e queiram o algo a mais.
Como está vendo a montagem do elenco, levando em consideração a dificuldade financeira em comparação com outros clubes de série A?
— A montagem está dentro do havíamos estabelecido no nosso planejamento, nós sempre procuramos ter atletas que tenham envolvimento e queiram crescer junto com o Juventude. Foi assim que a gente fez o time da série B. Ninguém acreditava nesse time da série B e acabou com o acesso. Esse time da série A vai ser exatamente a mesma coisa, com atletas que queiram lutar pela nossa camisa e queiram o algo a mais. Obviamente, à medida que a gente consegue organizar tudo, se for possível, ainda vamos ter reforços de qualidade ainda maior, mas a princípio, a linha de contratações é essa.
Se tivesse aí 7 ou 8 mil pessoas dentro do Jaconi todo jogo, seria bem diferente
FÁBIO PIZZAMIGLIO
Presidente alviverde
Como foi a negociação para renovar com o Nenê?
— A negociação com o Nenê foi bem tranquila, nós tínhamos iniciado ela já um dia após o acesso, conversamos com ele e com o empresário dele, fizemos alguns ajustes só de premiação, mas a princípio segue com os mesmos termos do ano passado. O Nenê é um jogador diferenciado, ele se mostra com muita vontade de jogar, a gente viu na série B, onde todo mundo dizia que ele não ia conseguir jogar todo o campeonato e ele conseguia terminar os jogos as vezes com mais fôlego que outros jogadores.
Como trazer mais torcedores ao estádio e aproveitando já deixe um recado final para a torcida em 2024?
— Primeiro enxergo isso como trabalho de futebol, depende de nossos resultados dentro de campo. Depende dos resultados de campo, mas também a gente pede uma ajuda maior da nossa torcida, que estejam juntos com o time, que quem não é sócio, que se associe e os sócios estejam presentes. Se tivesse aí 7 ou 8 mil pessoas dentro do Jaconi todo jogo, seria bem diferente. E o nosso pedido é que o torcedor esteja presente, que se associe, que consuma nossos produtos. Esteja junto como Juventude desde o início do ano, para que a gente inicie bem o Gauchão e vá bem na Copa do Brasil. Aí quando iniciarmos a série A, a gente já esteja embalado e que no final tenhamos ótimas notícias, como a gente teve nesse ano aqui.