
Cinco barracas disponibilizadas pelo Exército para atendimento de pessoas com sintomas de dengue foram montadas nesta sexta-feira (25) junto a unidades de saúde de Porto Alegre. As tendas começarão a funcionar na segunda (28) ao lado dos postos Camaquã, Modelo, Primeiro de Maio, Santa Fé e Timbaúva.
As estruturas funcionarão de acordo com o horário das unidades de saúde. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) ainda irá definir onde uma sexta tenda do Exército será alocada.
Além disso, a SMS prevê montar, na próxima semana, um hospital de campanha direcionado para atendimento de pessoas com dengue ao lado do Stock Center da Avenida Manoel Elias, na Zona Norte. O espaço deve abrir no próximo dia 5 de maio e irá funcionar das 8h às 22h.
Uma estrutura semelhante já funciona desde a semana passada ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Moacyr Scliar, também na Zona Norte.
Porto Alegre tem 22 mil casos suspeitos de dengue notificados, 5 mil confirmados e dois óbitos. O município está em situação de emergência por epidemia da doença.
Falta de vacina contra a dengue
Desde quarta-feira (23), a prefeitura da Capital suspendeu a vacinação contra a dengue. Segundo a SMS, o motivo é a falta de doses. A imunização é voltada para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) afirmou que não há imunizantes contra a doença nos estoques, já que todas as unidades foram distribuídas aos municípios. Entretanto, a escassez é considerada pontual.
Segundo o Ministério da Saúde (MS), não há falta de imunizantes. O último balanço da SES aponta que foram enviadas 85 mil doses até 15 de abril, sendo que cerca de 63 mil delas foram aplicadas.
A SES afirma que já pediu ao ministério uma nova remessa. Conforme a pasta, nenhum município está concentrando doses sobrando. Há a expectativa de que uma nova remessa de vacinas seja liberada nos próximos dias.
A diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) da SES, Tani Ranieri, afirmou que, em contato com o MS, foi informada de que há "quantitativo para ser liberado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz)", onde há o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).
— É obrigatoriedade de todas as vacinas que são liberadas pelos laboratórios passarem pelo INCQS antes de serem disponibilizadas para a rede do SUS. Eu não sei qual o quantitativo, mas existe um quantitativo lá, de vacina da dengue, que será provavelmente disponibilizado para o Ministério da Saúde na próxima semana, eu não tenho essa data ainda, mas vai liberar para os Estados. — afirma.
Ainda segundo Ranieri, há uma avaliação de que o quantitativo enviado pelo governo federal para o RS tem sido baixo, mas que existe uma dificuldade do envio por parte do laboratório produtor ao governo federal.