Os problemas apresentados pelo Juventude nesta temporada vão além do campo. Uma das dificuldades do clube nestes primeiro cinco meses de 2023 é esvaziar o Departamento Médico. Recentemente, mais dois atletas tiveram constatadas lesões e desfalcam o grupo em até três semanas, podendo perder, no mínimo, quatro jogos da Série B. São os casos do lateral-esquerdo Kelvyn e do zagueiro Gerardo Gordillo.
Kelvyn atuou em apenas duas partidas na Segunda Divisão. A estreia do atleta emprestado pelo Ceará foi na vitória diante do Guarani, pela quarta rodada. O lateral ainda foi titular no jogo seguinte, diante do Sampaio Corrêa, no Maranhão, mas saiu de campo acusando dores na panturrilha. Após a realização de exames, Kelvyn teve constatada uma lesão no local e para por duas a três semanas.
Já o zagueiro da Guatemala atuou em apenas um jogo no Alfredo Jaconi. Ainda no distante 12 de janeiro, Gordillo teve constatada uma lesão muscular na coxa. A previsão de retorno aos gramados era de 15 a 20 dias. Mas, ao tentar o regresso, o jogador acusou dores no tornozelo, ampliando o tempo de parada. Apenas no dia 11 de março o atleta reuniu condições de atuar. Mesmo assim, o defensor assistiu do banco a vitória alviverde sobre o Brasil de Pelotas, na despedida do clube do Gauchão 2023.
O jogador chegou a ser convocado para a Guatemala, mas não entrou em campo nos dois jogos da CONCACAF. Na estreia do Juventude na Série B, Gordillo foi titular na derrota para o Botafogo-SP e, depois disso, não atuou mais. Durante um treinamento antes da partida contra o Mirassol, o jogador acusou dores na coxa e teve diagnosticada, nesta semana, uma nova lesão muscular, a terceira em quatro meses de clube.
Caso confirmem o período de três semanas de afastamento dos gramados, Kelvyn e Gordillo voltariam na 11ª rodada, no dia 8 de junho, quando o Juventude enfrenta o Criciúma, em Santa Catarina. Os jogadores ficariam de fora das partidas diante da Chapecoense, Atlético-GO, CRB e Avaí.
Mas, segundo o diretor-executivo do Juventude, Júlio Rondinelli, o número de lesões no clube não é motivo para preocupação. O zagueiro Douglas e os atacantes Geuvânio e Luiz Fernando sequer estrearam pelo Ju ainda.
— Concordo que há lesões que acometem o futebol de alto rendimento. O Douglas foi uma situação pensada, sabíamos da lesão dele na Inter de Limeira e trouxemos para que ele fizesse a recuperação no clube. O Geuvânio foi um pedido do treinador anterior (Pintado), e tem se mostrado um profissional de boa capacidade, trabalhado até em períodos extras para buscar o melhor condicionamento físico e vai estar à disposição no próximo jogo. O Luiz Fernando teve uma fatalidade quando chegou, assim como o Kelvyn — apontou o diretor, que destacou ainda o trabalho de prevenção feito pelo clube:
— É feito um trabalho preventivo, de preparação física extremamente regrado. Não há excessos da parte da preparação física e da fisiologia. Todos os profissionais aqui são muito capacitados. Vamos trabalhar para reabilitá-los e ter um menor número de lesão. Se olharem, o centroavante do Mirassol no jogo passado foi um volante, então eles também têm um número de jogadores lesionados que na competição e no nível que se compete, todas as equipes estão passíveis de ter.