O Juventude teve um primeiro trimestre de 2023 bem acidentado. Dentro de campo, o clube viu escapar a oportunidade de avançar da primeira fase do Gauchão e Copa do Brasil. Fora dele, no Departamento Médico, alguns dos atletas trazidos para fazer a diferença nos gramados, não conseguiram reunir condições de poder ajudar o time a tempo.
Dois dos 23 atletas contratados sequer estrearam pelo clube. Os zagueiros Zé Marcos e Gerardo Gordillo se lesionaram ainda durante a pré-temporada. E apenas um deles, o guatemalteco, ficou, ao menos, um jogo à disposição no banco de reservas.
No dia 12 de janeiro, Gordillo teve constatada uma lesão muscular na coxa. A previsão de retorno aos gramados era de 15 a 20 dias. Mas, ao tentar o regresso, o jogador acusou dores no tornozelo, ampliando o tempo de parada. Apenas no dia 11 de março o atleta reuniu condições de atuar. Mesmo assim, o defensor assistiu do banco a vitória alviverde sobre o Brasil, na despedida do Estadual.
— Graças ao professor Adaílton pude ir lá no campo, senti essa sensação de querer voltar a jogar no gramado, mas os meninos estavam jogando muito bem, fiquei torcendo por eles, a gente precisava da vitória — comentou o zagueiro sobre as atuações de Danilo Boza e Walce.
No dia anterior ao jogo, Gordillo foi convocado pelo técnico Luis Fernando Tena, da Guatemala, para as partidas da Liga das Nações da Concacaf, contra Belize e Guiana Francesa. Gordillo volta a desfalcar o Verdão de 18 a 28 de março, em meio à preparação do clube para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série B, que começa em 14 de abril.
— Na verdade é muito curioso poder voltar ao meu país, onde há muita expectativa em mim. A verdade é que já são quase três meses em que não consegui jogar. Eu tive primeiro a lesão muscular na coxa, depois tive dores no tornozelo, bem fortes. Tenho muita esperança de ir na Seleção e voltar com mais força ainda — destaca o guatemalteco.
No pouco período em que participou das atividades com o grupo alviverde, Gordillo foi reconhecido pela liderança e imposição nos trabalhos, cobrando o máximo de seus companheiros. Agora, a cobrança recai nele mesmo. Uma vez que o zagueiro reconhece que está devendo ao clube e à torcida por terem apostado em seu futebol.
— Sei que a torcida do Juventude tem muita expectativa em me ver, sinto isso, mas infelizmente o futebol tem dessas coisas. Agora estou me preparando pra jogar na Seleção, mas estou certo de que tenho um compromisso aqui muito importante para poder mostrar o porquê eu vim pra cá. E eu vim aqui pra jogar — finalizou o zagueiro.