Agosto não foi um mês positivo para o mercado de trabalho de Caxias do Sul. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) revelam que 465 vagas foram fechadas no mês passado.
O principal responsável pelo encolhimento do emprego foi a indústria, que eliminou 485 postos. O segmento de serviços ajudou a equilibrar a situação: com saldo de 126 vagas, foi o que mais contratou em agosto.
Mesmo assim, o mês teve um desempenho bem melhor do que os três anteriores: maio registrou o fechamento de 815 vagas; julho, 1.261 e julho, 1.370.
A redução de vagas, arriscam especialistas, pode continuar, mas em ritmo mais lento nos próximos quatro meses.Conforme o diretor de Economia, Finanças e Estatística da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC), Alexander Messias, no setor da indústria e construção civil, por exemplo, a tendência é de que o estoque de empregos, que em julho era de 91.491 vagas, encoste na média de 2010, em torno de 90 mil, até dezembro. Isso significa que, para chegar a esse patamar, a quantidade de vagas fechadas por mês até dezembro não ultrapassaria 280.
Já o coordenador da agência FGTAS/Sine de Caxias do Sul, Antônio Pescador, vê com preocupação o cenário local. Apesar da redução no número de demissões, ele acredita que o saldo de vagas geradas no ano (1.065 até agosto) fique zerada até dezembro.
- Historicamente, dezembro é um mês em que ocorrem muitos desligamentos. E neste ano não deve ser diferente. Também estamos percebendo que as empresas não estão contratando para repor as vagas fechadas. Em períodos normais, a média de vagas em aberto na agência chega a 400. Hoje, temos 144 - exemplifica.
O comércio, que tradicionalmente inicia as contratações temporárias para final de ano em setembro, ainda não abriu o período de seleções, conforme Pescador. E quando o fizer, elas devem ser cerca de 30% inferiores às do ano passado, acredita.
Emprego
Número de vagas fechadas em Caxias do Sul chega a 465 em agosto
Apesar de negativo, número ainda é melhor do que os últimos três meses. Maio, junho e julho somam juntos mais de 3,4 mil postos de trabalho extintos. Indústria é a que mais demitiu
GZH faz parte do The Trust Project