
Os caxienses que irão em excursão para o show de Phil Collins, terça, no Estádio Beira-Rio, irão ver a apresentação de um dos maiores músicos do mundo. Na abertura da turnê Not Dead Yet ("ainda não estou morto"), em São Paulo, sábado, o britânico de 67 anos mostrou um repertório com canções que vão do pop de harmonia fácil ao progressivo psicodélico que o consagrou no Genesis, sua ex-banda. O talento de Collins é altamente refinado.
Em 2011, chegou a anunciar aposentadoria, lutou contra o alcoolismo e se afastou da família e da música. A volta por cima veio com os anúncios do livro Not Dead Yet (Ed. BestSeller, 410 págs, R$ 54,90), que será lançado amanhã, e dos shows, a partir de 2016. À repórter Luiza Piffero, da Zero Hora, explicou por que decidiu voltar aos palcos e à estrada:
— Acho que foram principalmente a minha família e o meu empresário, que incentivaram dizendo: "Por que você não vai lá e faz de novo? Enquanto você ainda conseguir cantar...". Foi um jeito de me encorajar. Fico feliz, porque tenho de admitir que gosto muito de estar no palco.
Graças a essa decisão, diversas famílias cuja a idolatria pelo ex-Genesis atravessa gerações poderão compartilhar um momento de catarse na terça à noite, no Estádio Beira Rio. É o caso de Etelvino Maia, 48 anos, e Susana Scalabrin, 50, que levarão a filha Vitória Scalabrin, 14, para curtir das cadeiras inferiores a apresentação um dos artistas preferidos do casal.
Empresário do ramo de tecnologia, Etelvino conta ser fã do britânico desde o início da carreira solo, no início dos anos 1980. Prefere as músicas daquela fase, como In The Air Tonight, You'll be in my heart e Take Me Home. Em junho do ano passado, Etelvino assistiu a um show de Collins no lendário Royal Albert Hall, em Londres. Tanto quanto a qualidade musical, diz ter ficado impressionado com o carisma do músico.
— O que mais gosto no Phil Collins é o respeito com o público nos shows. A forma como ele interage entre cada música mostra um cuidado com os fãs que é muito legal. Gostamos muito de ir a shows em família, e quando soube da turnê na Brasil, comprei os ingressos na mesma hora destaca.
Vitória, que está aprendendo a tocar piano, ainda não sabe tocar nenhuma música do ídolo do pai. Mas já escolheu a primeira que irá aprender.
— Gosto de Another Day in Paradise — diz.