Bom Dia! Amanhece uma terça-feira com jeito de segunda... Que as alegrias da Festa da Ressurreição perdurem por muito tempo... Precisamos de vida nova... A espiritualidade nos capacita para vivermos com alegria e esperança...
Quem tem Deus consigo sempre encontra as melhores respostas... Feliz dia!
"O que aconteceu foi só um gatilho. Você está sentindo tudo isso porque algo lá atrás ainda não foi embora." (@passarinhos_no_telhado).
Vivemos num tempo onde é praticamente proibido ficar triste. Porém, a tristeza sempre fez parte da humanidade. A condição humana contempla os diferentes sentimentos, entre eles, a ausência da alegria. Todos somos felizes, mas em alguns dias estamos tristes. É sempre oportuno recordar que a tristeza não é a ausência da felicidade, apenas a ausência da alegria. Mas, nem sempre o que dói é de agora. Às vezes, o presente apenas acende o que o tempo não conseguiu apagar. Há momentos em que um gesto simples, uma palavra aparentemente inofensiva ou uma situação cotidiana desperta algo maior do que o esperado. O corpo reage, o coração aperta, as emoções transbordam. E então nos damos conta de que a dor presente é só a superfície. O verdadeiro motivo repousa em algum lugar mais profundo, onde antigas feridas ainda não cicatrizaram. É comum tentar entender os sentimentos a partir do agora, quando, na verdade, o agora é apenas um espelho do que ainda não foi resolvido. Quantos desconfortos de hoje carregam o nome do passado? O tempo, por si só, não cura. É o olhar atento, a aceitação sincera e o desejo de transformação que permitem que as memórias sejam acolhidas e, aos poucos, pacificadas. Ignorar não resolve. Esquecer à força só adia. Precisamos, em algum momento, fazer as pazes com aquilo que nos marcou. A alma sabe o que ainda dói. Por isso, quando um gatilho se aciona, ao invés de condená-lo, podemos usá-lo como sinal: há algo aqui que pede cuidado. É preciso coragem para visitar o que está guardado, sem culpa nem julgamento.
Só assim a dor se aquieta e deixa de comandar reações desproporcionais. Não somos frágeis por sentir demais, somos humanos em busca de inteireza. O peso que sentimos hoje pode ser o pedido de atenção de algo que ficou esquecido lá atrás, mas que ainda clama por luz.
E quando começamos a olhar com verdade, mesmo as dores antigas se abrem à leveza. Viver é também esse exercício constante de escuta e reconciliação interior. Que a vida seja a nossa maior ocupação. Bênção! Paz & Bem! Santa Alegria! Abraço!