Os irmãos Paranhos Antunes - Deoclécio e Duminiense -, ambos gaúchos de Rio Pardo, têm em comum o fato de terem sido historiadores e nascido no mês de julho. Deoclécio, o mais velho, nasceu em 4 de julho de 1902, dedicando-se à carreira militar - ele iniciou como soldado em 1921, chegando ao posto de general de divisão, em 1956. Assinava suas pesquisas históricas e seus trabalhos literários como De Paranhos Antunes.
Entre suas publicações estão Ideias Heterogêneas e Contraditórias (1932), Episódios e Perfis de 1835 (1935), Antônio Vicente da Fontoura - Embaixador dos Farrapos (1935), Limites e Povoamento do Brasil Meridional (1937), Um Capitão do Exército na Guerra do Paraguai ( 1944), entre muitos outros. Deoclécio também integrou a Academia Rio-Grandense de Letras e a Alagoana e ocupou a cadeira 17 do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil. Ele morreu em 1962.
Já seu irmão Duminiense, que assinava D. Paranhos Antunes, nasceu em 6 de julho de 1909, foi servidor público, jornalista e historiador, publicando dezenas de trabalhos em jornais gaúchos. A partir dos anos 1940, também lançou os livros As vítimas do Vício (1946), Sombras que Ficam (1946) e Rio Pardo _ Cidade Monumento (1946), além de duas publicações emblemáticas de Caxias: o Documentário Histórico de Caxias do Sul (1875-1950), sobre a história e a evolução da cidade, e A Metrópole do Vinho (1958). Ele morreu em 1984.
Na imagem acima, os irmãos Paranhos em visita a Caxias do Sul, por volta de 1952. Deoclécio (de boina preta) aparece ao lado do então prefeito Euclides Triches (ao centro, de chapéu e sobretudo), enquanto Duminiense está à direita, com seu inseparável óculos escuros. Abaixo, Duminiense (à esquerda) divulga seus livros em um estande montado no Pavilhão da Festa da Uva de 1958 (prédio da atual prefeitura).
Faquirismo: jejum, serpentes e uma cama de pregos em 1958
Frustração na Festa da Uva de 1958
Memória
Irmãos Paranhos Antunes visitam Caxias do Sul em 1952
Jornalista Duminiense Paranhos Antunes, pai do colunista social Christiano Carpes Antunes, escreveu os livros "Documentário Histórico de Caxias do Sul" (1950) e "A Metrópole do Vinho" (1958)
Rodrigo Lopes
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