
O Hospital DF Star, em Brasília, onde está internado o ex-presidente Jair Bolsonaro, informou nesta segunda-feira (28) que a equipe médica vai começar a oferecer água, chá e gelatina via oral, 15 dias após a cirurgia realizada para desobstruir seu intestino. O procedimento foi feito no último dia 13 de abril e durou 11 horas. As informações são do g1.
Apesar do avanço e dos "sinais de movimentos intestinais espontâneos", o ex-presidente permanecerá, segundo o boletim desta segunda, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e não há previsão de alta.
"(Bolsonaro) continua estável clinicamente. Segue sem dor ou febre, pressão arterial controlada e com melhora progressiva dos exames laboratoriais do fígado. Apesar da gastroparesia (retardo do esvaziamento do estômago), há sinais de movimentos intestinais espontâneos. Hoje, iniciaremos a oferta oral de água, chá e gelatina", afirma o comunicado.
Os médicos dizem que Bolsonaro continua a realizar fisioterapia motora e mantêm a restrição de visitas. Mesmo com a previsão de ingestão de água, chá e gelatina via oral, a nutrição pela veia está mantida, segundo o DF Star.
Intimado por oficial de Justiça
O ex-presidente está sob acompanhamento há duas semanas. Ele foi internado no dia 11 de abril, quando foi internado após sentir fortes dores intestinais enquanto cumpria agendas no Nordeste. Dois dias depois ele passou por uma laparotomia, cirurgia que visa liberar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal do paciente.
Cláudio Birolini, cirurgião geral que acompanha Bolsonaro, explicou no sábado que a suboclusão intestinal é comum em pacientes submetidos a várias cirurgias. No caso do ex-presidente, as intervenções realizadas seriam consequências de complicações após a facada que tomou em 2018, em atentado durante a campanha presidencial.
Apesar de as visitas não serem recomendadas, nos últimos dias e em ocasiões diferentes, Bolsonaro recebeu o pastor evangélico Silas Malafaia; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; deu entrevista à televisão e até participou de uma live direto da UTI do hospital.
Na quarta-feira (23), ele foi intimado por uma oficial de Justiça sobre ação do golpe. Como Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo, o tribunal considerou que ele "demonstrou a possibilidade de ser citado e intimado". Ele reagiu reclamando com a oficial encarregada da tarefa.