
O Juventude demonstrou muitas fragilidades, fora de casa, nesta temporada. O time tem nove jogos entre Gauchão, Copa do Brasil e Série A do Brasileiro. A equipe tem seis derrotas, duas vitórias e um empate. A única vitória mais consistente foi diante do rival, o Caxias, pelo Gauchão 2025. Ao longo destes primeiros quatro meses, o alviverde sofreu para ganhar de adversário de peso e também de time mais humildes, como o Pelotas.
Com a derrota para o Inter, no último final de semana, a equipe alviverde acumula cinco jogos sem vencer longe de Caxias do Sul. São derrotas para o Grêmio, Maringá, Botafogo, Flamengo e o colorado. No Nacional, o técnico Fábio Matias admitiu uma dificuldade contra equipes de grande porte:
— Principal hoje, pra nós, é a bola parada. Os adversários, que são, teoricamente, de grande porte, estamos tendo dificuldade, como foi o Flamengo, como foi o jogo contra o Inter. Então isso, pra mim, é fundamental, pra que a gente consiga estabilizar, não tomar gols e não sofrer esse momento do jogo, que hoje faz muita diferença, pra qualquer equipe, tanto ofensivamente quanto defensivamente — analisou o treinador.
A mudança de esquema no Beira-Rio não surtiu efeito. Os três zagueiros não foram capazes de evitar os três gols do time da casa de escanteios. O jovem defensor Abner foi para o banco de reserva e Mandaca da mesma forma. Sem um atleta de criação, o time dependia apenas dos laterais e dos atacantes de lado.
— O Abner está numa batida muito grande. É o zagueiro que mais jogou até o presente momento. Tem algumas situações pontuais do atleta que às vezes a gente precisa dar um tempo, dar uma respirada também, porque é um cara que não vai sustentar jogar 50 e poucas partidas no ano, é um jovem ainda. Demos uma preferência pro Rodrigo Sam, que é um atleta que já está em condição de jogo, fez um jogo até o final, que pra nós é muito importante. Ganhamos mais um atleta, ganhamos mais um atleta de linha de defesa, que acabou fazendo um bom jogo — justificou o treinador alviverde.
FORÇA COLETIVA
Agora, o Juventude terá mais uma semana para trabalhar o elenco de jogadores. O próximo compromisso é somente na segunda-feira (5), quando enfrentará o Atlético-MG, no Estádio Alfredo Jaconi, às 20h. Em casa a equipe ainda não perdeu nesta temporada, um forte contraste com os jogos fora do Jaconi. E o fator determinante será contar novamente com a força coletiva diante de um adversário com fortes peças individuais.
— Força coletiva é o principal, e isso faz muita diferença, o jogo coletivo, como eu falei anteriormente, se você fizer uma análise fria do jogo o Internacional não teve chance clara de gol, a não ser no final do jogo, quando a gente daí abre um pouco mais, a estrutura nossa, para tentar buscar um gol, para fazer a redução em relação ao placar. Do restante, o jogo acabou sendo sobre controle, o problema nosso foi tomar gols seguidos, parecidos — concluiu o técnico.