
A figura da sogra costuma estar envolta em estereótipos — muitos deles reforçados por piadas e representações culturais —, mas a verdade é que ela desempenha um papel importante na dinâmica familiar. Em alusão ao Dia da Sogra, comemorado em 28 de abril, a psicóloga Tamires Fernandes Rosa, especialista em relacionamentos, compartilha dicas valiosas para tornar essa convivência mais saudável e harmoniosa. Confira!
1. Entenda que a relação com a sogra envolve adaptação de ambos os lados
Quando um relacionamento começa, ele não une apenas duas pessoas, mas também duas famílias. Todavia, isso pode gerar inseguranças e tensões. “Um dos momentos mais delicados é a interação com a sogra, que, em alguns casos, pode ter dificuldade em aceitar que seu(sua) filho(a) está construindo uma nova fase da vida. Da mesma forma, o genro ou a nora podem sentir receio de não serem aceitos”, explica Tamires Fernandes Rosa.
Segundo a psicóloga, é importante respeitar o espaço de cada um nesse tipo de relação. “O desafio está em estabelecer um equilíbrio saudável, onde mãe e parceiro(a) tenham seus espaços respeitados“, recomenda.
2. Alinhe com seu(sua) parceiro(a) os limites e a forma de lidar com a família
O casal precisa estar unido e em sintonia para que os vínculos externos não interfiram na harmonia da relação. “Quando há clareza entre os dois sobre valores e limites, lidar com questões familiares se torna mais simples. Criar um ambiente de respeito e leveza, demonstrando parceria em vez de rivalidade, é essencial para um relacionamento mais harmonioso”, orienta a psicóloga.

3. Diante de conflitos, adote uma postura madura e empática
Nem sempre a convivência será perfeita, mas é possível evitar desgastes e buscar soluções construtivas. “Manter a calma diante dos conflitos e definir limites claros ajuda a evitar desgastes desnecessários. A empatia é uma ferramenta poderosa nesse momento: tentar compreender o ponto de vista da sogra antes de reagir impulsivamente pode abrir espaço para um diálogo mais produtivo”, aconselha Tamires Fernandes Rosa.
Ela complementa que nem toda situação exige intervenção direta: “É importante refletir: esse problema realmente envolve o casal ou é uma questão particular? Se não afetar diretamente a relação, talvez o melhor seja não se envolver”.
4. Invista em uma comunicação aberta e respeitosa
A base de qualquer relação saudável é o diálogo. Saber falar e ouvir é essencial para evitar mal-entendidos. “Quando deixamos de expressar o que sentimos, acumulamos frustrações que podem explodir em momentos de tensão. Mas comunicar-se bem não significa apenas falar, e sim saber ouvir com atenção e respeito”, afirma Tamires Fernandes Rosa, que completa: “Um canal aberto para diálogos sinceros torna as relações familiares mais leves e fortalece os laços”.
5. Aprenda a lidar com expectativas e cobranças familiares com equilíbrio
É comum que familiares façam cobranças, especialmente ao longo da trajetória do casal — sobre casamento, filhos, decisões de vida. “Cobranças familiares sempre existirão. O importante é que o casal saiba definir seus próprios tempos e limites. Responder a essas expectativas com firmeza e empatia ajuda a evitar desgastes e garante que as decisões sejam feitas de forma consciente e respeitosa”, finaliza a especialista.
Por Sarah Monteiro