As águas de março vão fechando o verão. São as mesmas águas de Peixes fechando o ano astrológico. É o calendário da vida, sucedendo ciclos na sintonia fina com os movimentos da Terra em sua órbita ao redor do Sol. Na próxima terça-feira, dia 20, às 13h17min, acontece o equinócio de Áries, iniciando o outono no hemisfério sul. É o instante zero da roda zodiacal, quando da totalidade pisciana brota a centelha de fogo ariana em seu ímpeto de ser e acontecer. E eis o verdadeiro começo do ano novo para a astrologia.
É com o mapa astrológico do instante do equinócio de março, calculado para cada país, que podemos levantar as tendências coletivas do ano que agora se inicia – e não para 1º de janeiro, um começo sem importância astrológica. O cálculo do mapa para Brasília indica o tom do ano do Brasil. Uma conjunção de Marte e Saturno em Capricórnio, tensionando o Sol e oposta ao ascendente, sugere repressões e limitações vindas de fora. Envolve principalmente as relações internacionais e diplomáticas, com tensões políticas, comerciais e legais. Mas o acento conservador e militarizado da conjunção também pode se estender a aspectos internos do país.
Outro ano duro? Sim, ainda mais com Netuno, em Peixes, seguindo tenso na oposição ao Sol virginiano do país. Identidade e poder em rota de desorientação, um país doente e à deriva. Se por um lado esse trânsito netuniano torna a realidade absurda (e fez o Carnaval, festa da inversão, enaltecer o real!), por outro lado expõe as falsas imagens do Brasil sobre si mesmo. Cair na real dói, mas é com a aceitação de nosso fracasso como democracia que vamos começar uma mudança de fato. Nada de remendos com as mesmas peças e estruturas.
O mapa do ano tem ascendente em Câncer e exalta a Lua em Touro, em bom aspecto com Saturno e Marte. Paciência, disciplina e cuidado serão recompensados. O mapa ainda destaca o aspecto feminino da vida – e as mulheres! –, já realçado pela presença dos planetas lentos em signos femininos. Tomara comece a cura de nossa adoecida nação.
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