Acho curioso, para me valer de uma palavra branda, esbarrar em um contingente tão grande de seres que se autoelogiam. São encantados por si mesmos. Não esperam ser parabenizados por uma ideia ou ação praticada, preferem se adiantar, tornando-se uma referência inquestionável. No entanto, como disse o escritor argentino Jorge Luis Borges, “Só os erros nos pertencem”. Somos seus filhos tardios, e nossa incumbência é limá-los até se transformarem em uma lembrança distante. Veja, se alguém precisa alimentar o ego nos dizendo o quão incrível é, provavelmente está sendo vítima de disfarçado complexo de inferioridade. Expressam-se de tal modo para reforçar uma qualidade ausente, inventando-a. Prefiro as manifestações de terceiros e sem a necessidade de serem ditas a toda hora. Constranjo-me diante de quem ressalta atributos pessoais em excesso. O mérito deve andar de braços dados com a modéstia, ignorando o desejo de ser protagonista.
Em busca de afirmação
Opinião
Eu sou o máximo!
Se alguém precisa alimentar o ego nos dizendo o quão incrível é, provavelmente está sendo vítima de disfarçado complexo de inferioridade
Gilmar Marcílio
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