Existem tabus que quase todas as sociedades consideram intransponíveis. O incesto é provavelmente o maior deles. Pareando, há de ser o suicídio, com a ressalva de que, em algumas épocas ele foi considerado digno. Lembremos da honrosa e reverenciada morte de Sócrates, bebendo cicuta. Ou de Sêneca, obrigado a cortar os pulsos depois de ter caído em desgraça, mas mesmo assim louvando seu final. E do escritor japonês Yukio Mishima, que praticou o haraquiri para sair gloriosamente da existência. Observemos, como um contraponto, que para os preceitos do cristianismo, tirar a vida constitui-se em um crime, merecedor da condenação eterna. São considerações necessárias para avaliar um dos grandes dramas com o qual o ser humano pode se defrontar.
Opinião
Gilmar Marcílio: suicídio
O pedido de socorro nem sempre é percebido por quem está próximo
Gilmar Marcílio
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