Cresci na colônia e não tenho vergonha de contar isso. Meus avós tinham ao lado da casa um pequeno parreiral que em tempos de colheita os dias eram preenchidos por uma alegria com cheiro doce. Além da uva para consumo e para fazer geleia, parte era destinada a produção de vinho, apenas para o consumo era o que nono dizia. E era mesmo. Na parte debaixo da casa, de pedra, era um território que ia do caos ao mágico. Ao lado das pipas em que o vinho ficava fermentando, dormiam as vacas, algumas galinhas punham ovos por ali, os queijos preenchiam as prateleiras na descida da escada e os salames eram pendurados bem no alto, para que os gatos não alcançassem.
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Novos passados
Lembrar é um dever ético. É olhando para o passado que entendemos o que dele ficou para o presente
Adriana Antunes
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