O que quem ama pediria ao tempo, questiona Anne Carson. O doce jamais se afasta do amargo. Há sempre na alegria do encontro a angústia. De mãos dadas o prazer e o medo. O desejo e a vergonha. A vontade e a raiva. O sorriso esconde-revela-seduz o mistério. Um convite ao mergulho aos abismos que habitamos. Nas profundidades a beleza dos escuros pouco revelados divide a viagem com a perigosa falta de ar. Tudo gira em ciranda. Carrossel. Rodamos. Rodopiamos entre o prazer e a dor. Porque jamais poderemos amar sem nos entregar. Amar pede corpo, pede pele.
Crônica com poesia
Opinião
Amor é o voo distante dos pássaros
O desejo é uma tempestade. Arrasta pensamentos, braços, casas, roupas, ideias, utopias, sonhos
Adriana Antunes
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