Começou na manhã desta terça-feira (21) o 2º Festival de Ciência, Inovação e Tecnologia (Fecit) de Passo Fundo. O evento reúne os melhores projetos de estudantes da rede municipal, desde a educação infantil até o nono ano do ensino fundamental. Uma das novidades é a presença de alguns trabalhos da rede estadual e privada. Ao todo, são 72 projetos em exposição no Ginásio de Esportes da Universidade de Passo Fundo (UPF).
A abertura dos portões ocorreu por volta das 10h. Entre os trabalhos presentes, o público pode conferir de perto o projeto desenvolvido pela dupla do quinto ano, Wiliam Rosa da Silva Biasuz e Gabriel Andrade de Oliveira, 11 anos, que desenvolveram um protótipo para explicar o sistema solar.
— A ideia surgiu a partir de um trabalho sobre a lua, que a professora passou em março. A partir dai cresceu o interesse pelo assunto e decidimos explorar o tema para apresentar na feira. Para estarmos aqui hoje, sabendo que nosso trabalho foi escolhido entre os melhores da escola, é um sentimento de muito alegria — comentou o estudante Gabriel, da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Leão Nunes de Castro.
O sentimento é o mesmo do jovem Miguel Longhi Bacchi, 14 anos, do oitavo ano da Emef Georgina Rosado, que expôs um projeto sobre energia eólica transformada em eletricidade. O trabalho surgiu a partir de uma discordância em sala de aula sobre energia sustentável.
— O que mais me comove nesse projeto e no tema em geral é quanto o vento pode produzir. É algo infinito e não prejudica o meio ambiente. Poder apresentar isso a outras pessoas é muito legal. Para mim, estar aqui representando a minha escola é um misto de nervosismo, ansiedade e alegria, ainda mais com um tema tão legal — detalha.
Além dos 72 projetos em exposição, os visitantes podem participar de oficinas e atividades na Arena Conteúdo, por meio de brincadeiras, palestras e discussões e acompanhar atrações culturais e artísticas que irão se apresentar no evento. Entre os visitantes desta manhã estava o aluno do sexto ano da Emef Senador Pasqualini, Murilo Pedrotti Moretto, 12 anos, que veio prestigiar os colegas.
— Infelizmente, meu trabalho não foi um dos selecionados, mas viemos prestigiar os colegas. A feira está muito boa, recheada de coisas legais e interessantes — relata.
Oportunidade para incentivar o aprendizado
Segundo o secretário municipal de Educação, Adriano Canabarro Teixeira, foram selecionados os melhores projetos de todas as escolas da rede municipal. De todas, cada uma pôde apresentar três projetos.
— O festival tem como objetivo criar um fechamento de ano. As nossas escolas têm trabalhado fortemente, além dos conteúdos curriculares, elementos vinculados ao pensamento científico, resolução de problemas, tecnologia e inovação. É como se fosse o ápice da nossa atividade durante o ano, cujo propósito é fazer de Passo Fundo uma referência na formação de pessoas que possam resolver problemas.
O evento superou o número de projetos apresentados no ano passado, quando foram expostos 65 trabalhos. Para o prefeito Pedro Almeida, o festival é mais uma das ferramentas do programa Cidade Educadora.
— A Fetic é mais uma ferramenta desse modelo, assim como foi o Passaporte da Leitura. São ferramentas que vão construindo a cidade educadora, que quer promover realmente a educação como a grande transformadora do desenvolvimento social e econômico — pontuou.
O evento segue até sexta-feira (24), em dois turnos. Pela manhã, das 9h às 11h, e à tarde das 14h às 16h.
Missão Cidade Educadora
Na sexta-feira, a prefeitura anuncia os cinco estudantes que devem apresentar Passo Fundo como embaixadores no programa Missão Cidade Educadora, dessa vez na Suíça. O anúncio será realizado às 9h.
Quatro alunos serão escolhidos depois da realização de um hackathon que iniciou nesta manhã. No total, são 140 alunos do sétimo ano, divididos em quatro áreas do conhecimento que disputam quatro vagas.
A seleção também leva em conta as notas dos selecionados para essa fase e um vídeo de apresentação explicando o que é uma Cidade Educadora. Já o quinto embaixador será escolhido em uma seleção à parte, que conta com os 35 alunos mais criativos da rede municipal.