Um relatório divulgado na noite de segunda-feira (25) evidencia a discrepância entre a satisfação com o trabalho e com o salário pago tanto aos profissionais recém-diplomados quanto àqueles que já têm pós-graduação.
O resultado está na Pesquisa de Empregabilidade 2024 da Atitus Educação (leia a íntegra neste link). Em junho e julho, a instituição entrevistou 1.047 egressos que concluíram graduação ou pós-graduação do segundo semestre de 2022 ao 31 de dezembro de 2023.
Conforme o estudo, 76,2% dos egressos entrevistados que concluíram a graduação entre 2022 e 2023 são felizes pela função que exercem, mas 61,8% entendem que não são bem pagos por isso.
Nesse cenário, a maioria (55%) está em cargos operacionais e tem renda mensal entre R$ 2 mil e R$ 4,9 mil.
Os profissionais com pós-graduação demonstram a mesma diferença quando se trata de trabalho x salário: 78% está satisfeito com a posição que exerce no mercado enquanto 57,9% se disseram insatisfeitos com o salário.
Entre os pós-graduados, a maioria (32%) recebe de R$ 3 mil a R$ 4,9 mil, sendo majoritariamente mulheres. Uma parcela de 14% dos entrevistados ganha acima de R$ 15 mil, sendo a maioria homens.
O que há por trás
A satisfação com o trabalho exercido e a com o salário que cai na conta ao final do mês têm relação direta, mas não são os únicos fatores que influenciam no bem-estar, motivação e produtividade dos trabalhadores:
— Atualmente as pessoas buscam por locais de trabalho com um bom clima organizacional e que oferecem benefícios. Esses critérios estão no ranking dos fatores que influenciam na atração e retenção dos funcionários brasileiros — disse Júlia Andric, coordenadora de carreiras da Atitus Educação.
— Os dados discrepantes entre satisfação no trabalho x salário refletem um descompasso entre as expectativas dos profissionais e a remuneração oferecida pelas empresas — completou.
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