Por Marília Pinto Bianchini, psicóloga e coordenadora estadual do PIM, e Leticia Boeira, enfermeira da equipe estadual do PIM
O programa Primeira Infância Melhor (PIM) celebra 22 anos de atuação no Rio Grande do Sul, consolidando-se como uma importante iniciativa para o desenvolvimento infantil e o fortalecimento de vínculos familiares. Presente em 489 municípios gaúchos, desde sua criação, em 2003, o programa já impactou a vida de milhares de pessoas, acompanhando mais de 300 mil crianças e 70 mil gestantes.
Foi criado com o objetivo de apoiar famílias em situação de vulnerabilidade
Inspirado em uma experiência cubana, o PIM foi criado com o objetivo de apoiar famílias em situação de vulnerabilidade, promovendo o desenvolvimento integral de suas crianças desde a gestação até os seis anos de idade. Através de visitas domiciliares e atividades comunitárias, os visitadores do programa orientam e acompanham as famílias, fortalecendo suas capacidades de cuidar, proteger e educar seus bebês e crianças.
A importância do PIM para a sociedade gaúcha é inegável. Ao longo do tempo, diferentes instituições de pesquisa, nacionais e internacionais, demonstraram que o programa pode contribuir na redução da mortalidade infantil, no combate à evasão escolar, na prevenção da violência e no desenvolvimento de habilidades socioemocionais nas crianças. Nesse caminho, o PIM fortalece os laços familiares e promove a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Ao completar 22 anos, celebra com maturidade os aprendizados construídos até aqui e permanece em movimento, em processo de qualificação permanente.
O PIM se tornou referência nacional e internacional, sendo reconhecido como uma das políticas públicas mais eficazes para a primeira infância. Uma política pública que se baseia em evidências, com baixo custo e alto impacto social. Este é o legado do Primeira Infância Melhor no Rio Grande do Sul. O programa é exemplo de como o investimento na primeira infância pode transformar vidas e construir um futuro melhor para todos.