Além de acirrar a polarização política em nosso país, causa justificada repercussão mundial a suspensão no Brasil da rede social X (antigo Twitter) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A bombástica decisão judicial que entrou em vigor no último final de semana, privando milhares de usuários de se comunicar pela plataforma digital comandada pelo empresário Elon Musk, não deve ser vista apenas como uma disputa de poder entre um juiz autoritário e um bilionário prepotente, ainda que ambos pareçam merecer tais rótulos por atos e manifestações exacerbadas. Na verdade, outros valores maiores estão em jogo nesse embate, entre os quais os limites da liberdade de expressão e a urgência de uma regulamentação isonômica para os serviços digitais com legitimidade para conter deformações como a disseminação de fake news, a apologia a crimes, a apropriação indébita de conteúdos, a manipulação de processos eleitorais e outros atentados à democracia.
Opinião RBS
Editorial
Os limites da liberdade
O episódio brasileiro integra um grande debate mundial sobre o enquadramento legal de gigantes da tecnologia
Zero Hora
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