Roberto Rachewsky, empresário
O ator americano Mark Ruffalo e a sobrinha-neta de Walt Disney, Abigail Disney, foram ao Fórum Econômico Mundial para dizer ao seu governo: “Cobrem mais imposto de renda. Eu pago pouco”. Isso me lembra que, para inibir vícios, como o hábito de fumar ou de beber, o governo sobretributa o cigarro e bebidas alcóolicas para diminuir seu consumo.
Para esses abnegados citados, dinheiro é a fonte do mal, e os hábitos de enriquecer ou dispor da fortuna que herdou são vícios que precisam ser purgados, senão por vontade própria, então sob coerção estatal.
Acham que o dinheiro é um mal, que criar riqueza é um vício
O “Congresso Global dos Sinalizadores de Virtudes”, que ocorre em Davos, é uma versão sofisticada e hipócrita da associação dos alcoólicos ou dos fumantes anônimos. Porém, sem a parte do anonimato, porque, para um “sinalizador de virtudes”, o mais importante é saciar seu narcisismo com o mais fulgurante estrelato.
Põem-se a defender o meio ambiente, a igualdade social, a ajuda humanitária, sempre precedida pela espoliação estatal. A defesa anticapitalista que fazem é absolutamente imoral. Atenta contra a natureza do homem. Os paladinos da justiça social e defensores dos ursos polares prescrevem exatamente aquilo que promove a violência, a destruição, a pobreza, a miséria e a morte.
Capitalismo é o único sistema social compatível com a natureza racional do ser humano. Só ele defende a existência de um governo cujo único propósito é proteger a liberdade individual e a propriedade privada contra os que usam de força ou de fraude para obter ganhos imerecidos.
Socialismo é o oposto. Se baseia na iniciação do uso da coerção pelo Estado, apresentando-se em duas formas:
- comunismo, sistema social em que o Estado é proprietário monopolista dos meios de produção, inclusive da mão de obra, que fornecem à sociedade aquilo que os governantes considerarem necessário, à revelia do interesse particular dos indivíduos, que passam a ter uma vida miserável, diferentemente dos seus algozes;
- fascismo, sistema social de economia mista, no qual o Estado concede o provimento de bens e serviços a particulares, almejando alguma produtividade. Porém, sob rigorosa regulação e tributação, que permitem ao Estado controlar, dirigir e espoliar a sociedade para proveito dos governantes e dos parasitas que orbitam no seu entorno.
Apesar da sua crueldade, o socialismo tem sido aceito por aqueles que veem no progresso econômico e tecnológico, só possível no capitalismo, sua fonte de ressentimento.
Acham que o dinheiro é um mal, que criar riqueza é um vício. Querem empobrecer. Afinal, para eles, riqueza é um câncer e o governo que a extrai e destrói é a cura.