Nas redes sociais, que se transformaram na arena de vale-tudo da campanha eleitoral, partidários de Fernando Haddad (PT) chamam eleitores de Jair Bolsonaro (PSL) de nazistas ou fascistas. Em revide, são rotulados de bandidos e comparados a criminosos. A degradação do debate político no Brasil, que abre feridas entre famílias e amigos, chegou a um ponto de insensatez que só uma inédita combinação de dois presidenciáveis representando polos opostos com o escudo das redes sociais foi capaz de produzir. O desafio não apenas dos candidatos e da Justiça Eleitoral, mas de todos os que têm compromisso com a democracia, e insistir em que eleitores se interessem mais pela busca da verdade e menos por informações nas quais querem acreditar por conveniência político-partidária, mesmo sabendo, na maioria das vezes, que são falsas.
Opinião da RBS
Nem nazistas, nem bandidos
Respeitar a vontade alheia e, quando muito, procurar convencer por argumentos deveria ser um primado da democracia, mas não é o que se vê nas redes sociais e nas ruas