A ideia de que a crise é insolúvel, alardeada pelo Governo, cria na sociedade o sentimento de que devemos aceitar tudo o que está sendo feito, como se fosse o único caminho. Aumentar impostos, vender empresas públicas e usar depósitos judiciais já foram testados por vários governos e não deram certo. São soluções conservadoras que ampliaram a crise.
Esse plano de recuperação fiscal tem pontos claramente negativos.
Nós do PDT somos totalmente favoráveis à renegociação da dívida, porém, contrários à proposta do atual Governo. Se aprovada, ela nos traria um alívio nos próximos três anos, mas comprometeria o futuro. Nos últimos meses não pagamos a dívida e, mesmo assim, a situação não melhorou. Esta iniciativa repete outras renegociações que foram pensadas para resolver a situação de governos e não do Estado.
Esse plano de recuperação fiscal tem pontos claramente negativos. O Rio Grande será governado por uma junta comandada pelo Tesouro Nacional e o próximo governador será um fantoche. Será mantido o aumento de ICMS até 2023 e isto está tirando a competitividade do Rio Grande do Sul e asfixiando nossa economia. Esta proposta canaliza todos os dividendos que serão gerados pelo Banrisul para o pagamento da dívida. Defendemos que empresa pública tem que dar lucro e a lucratividade deve ser investida em um Fundo para a Educação, e não em privilégios.
Somos contrários também, porque entendemos que o futuro governador, independentemente de quem seja, terá muito mais força e legitimidade para conquistar uma renegociação positiva para o Estado e que não inviabilize nosso futuro. No mundo complexo de hoje não podemos nos limitar a soluções simplistas.
Não somos um partido do quanto pior, melhor. Nos últimos 24 anos, ajudamos governos diferentes, sempre com o objetivo de recuperar o Rio Grande. Portanto, somos os únicos que têm trânsito com todas as forças políticas e podemos unir o Estado.
A crise gaúcha tem solução. Mas ela não virá das receitas tradicionais de sempre e, sim, de atitudes inovadoras.