A terceira troca no Ministério da Justiça em pouco mais de um ano, dois dias depois de uma mudança no comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), é uma sinalização de preocupante falta de firmeza do governo, titubeante e atordoado pela crise deflagrada pelas gravações de Joesley Batista. Osmar Serraglio, um inexpressivo deputado e um ministro da Justiça apagado, era o exemplo de escolha política concebida para apaziguar a base no Congresso. A nomeação do jurista Torquato Jardim mostra uma opção pela biografia sólida, assim como foi a indicação do economista Paulo Rabello de Castro para a presidência do BNDES. No entanto, é preciso manter a guarda em alta. No caso do novo ministro da Justiça, o país tem a esperar que não interfira no curso das investigações da força-tarefa da Lava-Jato, hoje cercada de pressões por todos os lados.
Opinião da RBS
Sinalização incômoda
No caso do novo ministro da Justiça, o país tem a esperar que não interfira no curso das investigações da força-tarefa da Lava-Jato, hoje cercada de pressões por todos os lados