PACOTE DE SARTORI
Em meio às numerosas e diversificadas medidas propostas como saneadoras da crise calamitosa do RS, uma questão geral é espantosa: a Constituição do Estado passaria a tornar impreciso, aos servidores do Executivo, o pagamento salarial do mês. A data do pagamento do 13º salário também seria revogada. De modo contrário, a PEC 260/16 assegura entrega dos recursos do Caixa Único no dia 20 de cada mês a Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública. Não é possível que a Constituição da terra da "liberdade, igualdade e humanidade" venha a conter dispositivos dessa ordem. O próprio governo do Estado bem pode reconsiderar, pois estaria propondo se excluir de obrigação a que estão sujeitos todos os empregadores do país. A Assembleia gaúcha não haverá de compartilhar dessas ruinosas propostas, rejeitando inaugurar discriminação tão explícita em nossa Constituição, simplesmente igualando direitos básicos a todos os cidadãos que servem ao Estado.
Carlos Alberto de Souza Medeiros
Servidor inativo – Porto Alegre
EXTINÇÃO DA TVE
Não vejo, não leio, tampouco ouço setores da imprensa gaúcha levantando a voz em defesa da não extinção da TVE neste pacote nefasto que o governo quer que seja aprovado pelos nobres deputados gaúchos. É um órgão de imprensa que tem em seu quadro de funcionários jornalistas premiados pela ARI, de quem também não vejo manifestações a favor ou até mesmo contra. É lamentável perceber que uma categoria profissional de relevante importância não levanta a voz em apoio aos seus colegas de profissão. A impressão que tenho é de que ao não defenderem os colegas da mesma profissão, os que estiverem empregados terão mais espaço para trabalhar e, com isto, um ganho maior. A RBS, que se diz defensora dos fracos e relata as dificuldades dos oprimidos, está omissa, divulga constantemente o pacote do governo como se somente ele tivesse dificuldades. Esqueceram os colegas. Lamentável.
Danilo Couto
Aposentado – Canoas
Manuela D'Ávila prega a liberação ampla geral e irrestrita à Assembleia Legislativa, alegando que é a casa do povo e que a democracia não consegue sobreviver sem práticas de participação abertas ao povo (ZH, 13/12). Infelizmente, isso não será cumprido porque o que temos visto são atos de selvageria com depredações, xingamentos e invasões descabidas. Enquanto não houver educação para as legítimas reivindicações, não será possível deixar adentrar elementos pertencentes a essas classes, comandadas na maioria das vezes por sindicalistas movidos a pão e mortadela. Menos, deputada, menos...
Lilian M. Mansur
Professora – Porto Alegre
Parabéns a Cláudia Laitano pela extraordinária coluna sobre o conhecer-nos a nós mesmos para entender a vida e os outros (ZH, 15/12). Este é um de meus temas favoritos desde muito jovem. Interesses que me levaram a ler os três volumes da História da filosofia ocidental, de Bertrand Russel. Foi minha epifania. Guerra e paz, de Leon Tolstoi, completou o aprendizado. Eu me tornara amigo da sabedoria e só ela foi minha amante de sempre: a insinuante filosofia. Chamar 2016 de Ano do Espanto foi muito mais feliz do que defini-lo como ano da Pós-Verdade, como fizeram os britânicos de Oxford.
Paulo Sergio Arisi
Jornalista – Porto Alegre
O senhor Ricardo Reischak (ZH, 16/12), infelizmente, apresenta-se como mais um dos tantos filhotes da ditadura quando prolifera insultos a um ser humano da grandeza de dom Paulo Evaristo Arns, religioso que dedicou uma vida inteira em defesa dos direitos humanos. Aliás, direitos esses que foram desconhecidos e pisoteados pelos militares naqueles anos de chumbo, em que prendiam, torturavam e matavam cidadãos porque tinham ideologias diferentes das deles. É lamentável que ainda tenha gente privilegiada com estudos superiores pensando e agindo tal qual esse advogado que, por profissão, deveria estar defendendo o direito à vida, mas, contrariamente, defende a morte.
José Carlos Mello D'Avila
Bacharel em Comunicação Social – Porto Alegre
***
Use este espaço para falar com a seção Leitor, publicada diariamente
Fale com a gente usando o e-mail (leitor@zerohora.com.br). Aborde os temas mais relevantes do cotidiano ou escreva sobre Zero Hora. Os comentários devem ser acompanhados de nome, profissão e a cidade onde mora. ZH reserva-se o direito de selecionar os comentários e resumi-los para publicação, também ujeita às limitações de espaço na página impressa.
Envie sua notícia: os leitores podem colaborar com Zero Hora enviando notícias e fotos de fatos relevantes. Após a apuração dos dados, seu texto ou imagem poderá ser publicada.
Veja sua foto no jornal: envie sua imagem pelo email leitor@zerohora.com.br ou poste a foto no seu perfil do Instagram com a hasgtag #doleitorzh.
Editado por: Rafaela Ely – 3218-4317