É com uma frase do escritor francês Victor Hugo que Maria Elena Pereira Johannpeter (acima) resume seu trabalho à frente da Parceiros Voluntários: "Nada detém a força de uma ideia cujo tempo chegou". Quando criou a ONG, em 1996, a gaúcha estava motivada por uma inveja construtiva, como ela mesma define, da capacidade do campo social nos países desenvolvidos.
- Percebia que o brasileiro era supersolidário e que seria um passo para o voluntariado. Não deu outra. Chamou informalmente em um programa de TV cem voluntários para um projeto piloto e, no dia seguinte, recebeu 300.
Atualmente, Maria Elena é responsável por mobilizar cerca de 500 mil voluntários e beneficiar 1,6 milhão de pessoas no país. Como símbolo de uma mulher que realiza, pedimos seu depoimento acerca do Dia da Mulher. Ela sintetiza:
- O Planeta não vingou pelas lutas, vingou pelas parcerias. É tempo de valorizar as mudanças de comportamento tanto de homens como de mulheres. Ambos não estão usando seu potencial e precisam do melhor um do outro.
Antes mesmo de tirar a carteira de motorista, Patrícia Ramanauskas (acima) já tinha brevê. Aos 21 anos, a piloto - pois não existe o substantivo feminino da profissão - passou das 150 horas voadas e foi contratada para a Azul Linhas Aéreas Brasileiras. Quando entoa a voz doce no microfone para se apresentar sabe que gera um burburinho entre os passageiros. E sabe que, possivelmente, quem não prestou atenção no início, acaba passando por ela no final do voo, ignorando o quepe e os galões no ombro, e cumprimentando o comissário pelo belo pouso. Pati sabe que terá que ultrapassar muitas barreiras ainda na sua vida para conquistar igualdade. Por enquanto, mantém-se tímida:
- Algumas vezes eu prefiro nem falar que sou piloto. Tem gente que não acredita, e, intimida-se um pouco.
Mas ama o que faz. Tanto, que seu hobby... é voar.
Além da responsabilidade de assumir o papel do pai à frente do Grupo Lins Ferrão, Carmen Ferrão (acima) também foi a primeira vice-presidente mulher da CDL Porto Alegre e, muitas vezes, é a única presença feminina em reuniões do empresariado.
- Eu não queria ser só a filha do Lins, queria ser a Carmen. E acho que cada geração é responsável pelo seu legado.
Superintendente de marketing e vendas da operação que envolve 75 lojas Pompéia e 40 lojas Gang, Carmen alcançou o objetivo. Ao entrar para a empresa, em 1984, lançou seu olhar ao grupo e foi a responsável pelo conceito de moda implementado à rede de fast-fashion.
- Ser empresária em um mundo predominantemente masculino é um aprendizado eterno. Mas, acredito que sempre foram muito importantes as visões diferentes dos gêneros - salienta.
E deixa o exemplo: as filhas Ana Paula e Ana Luiza seguem os passos da mãe.
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